Santa Dulce dos Pobres: Amar e servir
“Quando nenhum hospital quiser aceitar mais algum paciente, nós aceitaremos. Esta é a última porta e, por isso, eu não posso fechá-la.”
Era assim que a bem aventurada Dulce dos Pobres vivia sua missão e será proclamada santa no próximo dia 13 de outubro. Jamais fechar a porta de quem a procurava seja por dor, abandono ou velhice; pois viveu o amor em sua plenitude, enxergando o Cristo sofrendo em cada pequenino que batia a sua porta.
O amor é maior que qualquer coisa. Ele tem a força poderosa de realizar maravilhas. O amor é maior que a dor, maior que a doença, maior que pobreza, maior que a injustiça... O amor nada cobra, nada pede, nada julga, só oferece, só doa, como falava São Paulo em sua carta aos coríntios. Assim era irmã Dulce. Puro amor e doação. Seu olhar era o de uma mãe que não se cansava enquanto todos os seus filhos estivessem plenos, felizes e saciados. Sim, coração de mãe e por isso sempre havia espaço para todos.
Seu exemplo de serviço as coisas de Deus nos mostra bem de pertinho, que é possível, mesmo nos tempos atuais, viver o Evangelho. Ela dizia: “ Nada de melhor se pode fazer nesse mundo do que se dar totalmente a Deus, na pessoa do pobre e do nosso irmão mais carente.”
Nos tempos de hoje, em que se prega tanto a importância da empatia, nosso anjo bom da Bahia, como era carinhosamente chamada, chorava por diversas vezes, diante das misérias e não se cansava até que todos pudessem viver de forma digna. O amor que tinha ao seu próximo era tão intenso que passou a esquecer dela mesma para viver a vida dos irmãos necessitados.
Santa da nossa época, do nosso tempo. 1ª nascida no Brasil. Com a canonização, não fiquemos apenas na euforia pois tudo isso é passageiro. Procuremos nos entusiasmar e seguir o seu exemplo de vida, que com toda simplicidade, contagiou uma geração a ser mais solidária e mais comprometida com o irmão.
Ivete Dantas - 30ª Escalada - Talismã