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Tema Anual

2019
MOVIMENTO ESCALADA: O ROSTO JOVEM DA IGREJA PARA OS JOVENS E PARA O MUNDO

Mas, que rosto queremos mostrar, que rosto temos? O que queremos dizer?

 

Um tema anual que começa com perguntas talvez seja novidade em todos os

anos desde que ele existe. Sempre afirmo, a partir do meu olhar cada vez menos

jovem, o que deve ser pensado, rezado, refletido durante o ano.

 

Acabamos de viver o Sínodo para a Juventude. Sínodos são reuniões com

bispos que representam a Igreja presente em todo o mundo, para refletir sobre um

tema específico proposto pelo Papa. Alguns especialistas assessoram os bispos que,

no fim, apresentam um documento ao Papa. O Papa lê e, partindo das contribuições,

escreve o documento final.

 

Eis que Francisco convoca um Sínodo sobre a Juventude. Mais que isso, um

Sínodo com a Juventude que, através de representantes de todas as partes do

mundo, tem voz ativa, é escutada e, acompanhada por seus pastores, redige o

documento final que, imediatamente, é aprovado por Francisco como Documento

Sinodal.

 

O Documento lembra que Jesus entrou no caminho daqueles dois homens

(jovens, talvez), que voltavam tristes para sua cidade depois da crucificação e morte

do Mestre (Lc 21, 13-35).

 

A Igreja quer entrar na estrada do jovem. Qual a sua estrada? Quais as

características da sua estrada? Como está a estrada dos seus amigos de escola,

daqueles que fizeram Escalada contigo e não apareceram mais? Você se lembra

deles? Encontra com eles pela estrada?

 

Diga aí... Como está a estrada dos jovens hoje? Como está a sua estrada hoje?

 

Como está a estrada daqueles jovens – e das crianças, adultos, idosos – que

vivem à margem da sociedade, sem direito às necessidades básicas para uma

sobrevivência digna? São os prediletos de Jesus e serão nossa porta de entrada no

Reino Definitivo.

 

“Vinde benditos do meu Pai... tive fome e sede, estive nu, fui migrante,

prisioneiro e doente e me saciaste e alimentaste, vestiste, acolheste e visitaste” (Cf.

Mt 25).

 

Quando rezamos, pedindo que Jesus nos ajude a descer para melhor servir,

esta palavra toca o Coração de Cristo. Mas deve tocar, antes, o nosso coração. Entrar

na estrada do outro, como na estrada de Emaús; acolher os pequeninos do Reino e se

solidarizar com sua causa, devem ser as metas de todo aquele e toda aquela que

fazem Escalada com Cristo. Nenhuma escalada narrada nas Sagradas Escrituras

encontra o seu fim no topo da montanha. O topo, ponto de chegada, é sempre ponto

de partida de novo, para descer e encontrar o irmão, com o rosto brilhando como

Moisés, para fazer-se solidário no caminho que ele faz.

Padre Manoel Filho (Padre Mané)

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