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Tema Anual

2017
NOSSA SENHORA DO ESCALADA: MODELO DE ALPINISTA PARA O ANO MARIANO E PARA A VIDA CRISTÃ.

Em 12 de outubro de 2017 celebraremos os 300 anos do encontro da imagem de Nossa Senhora Aparecida nas águas do Rio Paraíba do Sul. Foi um presente de Deus para aqueles pescadores, aquela comunidade e para todo o povo brasileiro que ganhou, naquela imagem tão identificada com os pobres mais pobres do seu tempo, um título  seu para a intercessora de todas as graças, Maria de Nazaré.

 

Em função desta comemoração fundamental para os católicos brasileiros, os nosso bispos decidiram proclamar de Ano Mariano a 2017. De 12 de outubro de 2016 a 12 de outubro de 2017 um ano inteiro para aprofundar o conhecimento sobre a vivência com Nossa Senhora.

 

No Movimento Escalada também ganhamos de Deus um título e uma imagem, como modelo de alpinista, para caminhar conosco, aprimorar nossa vivência cristã  através do “Ser Pessoa em Clima de Oração”.

 

Já conhecemos Nossa Senhora do Escalada como a Moça de Nazaré que, logo após  dizer sim ao projeto que o Pai reservou para ela, saiu correndo em direção à prima, subindo as montanhas de Judá, fazendo Escalada, para cantar as maravilhas que Deus havia feito nela e por ela e, como consequência disso, permanecer junto de Isabel, em atitude de serviço solícito.

 

Mas podemos avançar na compreensão desta pessoa em clima de oração que é Maria, Nossa Senhora do Escalada.

 

ESCUTAR A DEUS NO LUGAR EM QUE ESTAMOS

Em Lucas 1, 28 vamos ler que o Anjo, enviado por Deus para dar a Boa Notícia, entrou “no lugar onde ela estava”. A vontade de Deus se revelou a Maria no seu cotidiano. O que ela estava fazendo, o evangelista não fala. Mas ela estava em um lugar. Ela não foi tirada da sua realidade, do seu lugar, para receber a visita do anjo. A Divina Vontade, portanto, entra no lugar onde estamos, na realidade da vida, no cotidiano da história. Poderíamos dizer, sem medo, que a Vontade de Deus entra em nossa Realidade Social, pois esta não é só de outros mas nossa. Basta saber escutar, basta deixar-se envolver pela Palavra de Boa Notícia. Não é preciso evadir-se da história, nossa e do mundo, para que Deus manifeste a sua vontade. O anjo entrou onde ela estava, deu o Divino recado, foi escutado e ouviu o sim que dividiu a história em uma antes e uma depois.

Ele quer entrar no lugar onde estamos, dar o seu Recado e espera que O escutemos e digamos um SIM que divida a nossa história em um antes e um depois.

 

 

GUARDAR NO CORAÇÃO

Quando termina toda a narrativa sobre a infância de Jesus no capitulo 2 do seu evangelho, Lucas afirma que Maria guardava tudo no coração (Lc 2, 51b).

 

Percebamos que Maria viveu um turbilhão de sentimentos, pensamentos, intuições, emoções... Este capítulo retrata os fatos mais importantes ocorridos nos 12 primeiros anos de Jesus Cristo, do nascimento à Iniciação Ritual Judaíca, na festa de entrega da Torá no Templo. E, depois de tudo, Maria “guardava tudo no coração”.

 

É incrível a capacidade de escuta da Virgem Mãe. Escutar é diferente de ouvir. Ouvimos tudo e todos. Ouvimos todos os barulhos, ruídos, mensagens. Mas só escutamos, de fato, quando somos capazes de apreender, de guardar, acolher. Maria via os fatos, sentia as emoções e escutava, pois, guardava no coração.

 

Na vida cristã podemos ouvir um milhão de coisas e muito mais. E é possível parar aí. Na verdade, corremos um risco enorme de nos perder ouvindo coisas e passando por tudo na superficialidade de uma time line de rede social. E vamos levando a vida, movidos a novidades, modinhas aqui, modinhas ali. No barulho ensurdecedor de ritmos e sons; na animação feérica de uma gula insaciável pelo mais moderno. E vivemos surfando na crista das ondas do tempo e da história. Esta é a possibilidade mais fácil.

 

Ou escutamos e guardamos no coração, com Maria de Nazaré. Ela podia “passar batida” mas preferiu “estar com os olhos sempre abertos”, ouvidos atentos, coração desperto para escutar e guardar no coração.

 

Contemplando Maria que experimentou a visita do anjo no seu lugar cotidiano e soube escutar e guardar no coração tudo que viveu com Jesus Cristo, seu filho amado, não vejo outra forma de viver este ano Mariano na companhia da Virgem Alpinista que não seja aprendendo com ela a fazer silêncio para perceber a presença de Deus que chega e fala para ser escutado.

 

Ano Mariano é tempo de redescoberta do deserto habitado pelo Altíssimo, no silêncio carregado de sagrado. É tempo de revalorizar a Leitura Orante da Palavra de Deus. É tempo de escuta marial, de contemplação profunda, de adoração constante. É tempo de ser Maria na casa de Nazaré, fazendo do cotidiano – estudo, trabalho, lazer – oportunidade de encontro com Ele. Momento de embeber o fazer com a doçura do ser em Deus, com Maria, Nossa Senhora do Escalada e de todos os nomes.

 

Pe. Mané, com o carinho da memória de Pe. Popó, no dia 13 de outubro de 2016, primeiro do Ano Mariano.

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