Tema Anual 2025 - Movimento Escalada: Jovens em Cristo e na Igreja, Peregrinos da Esperança
- Arauto
- 28 de jan. de 2024
- 4 min de leitura
Atualizado: 30 de jan.

O ano de 2025 será marcado por uma realidade da Graça de Deus que toca a Igreja a cada 25 anos desde 1475: o Jubileu de Jesus celebrado com um Ano Santo. Vem sendo assim há 550 anos.
O Jubileu cristão é inspirado no Jubileu do Antigo Testamento, quando o Povo de Israel, o Povo de Deus, celebrava a libertação da escravidão no Egito. Naquele ano festivo, as dívidas eram perdoadas, era possível pegar os frutos das plantações que estivessem nas margens das estradas e a alegre gratidão pelo dom da liberdade se espalhava por todo canto.
Quando nasce o Messias uma nova era se instala na humanidade e o próprio Jesus Cristo, ao traçar o seu plano de ação na Sinagoga, ao abrir o livro de Isaías aclama:
“O Espírito do Senhor está sobre mim, porque me ungiu para pregar o Evangelho aos pobres. Ele me enviou para proclamar a libertação dos aprisionados e a recuperação da vista aos cegos; para restituir a liberdade aos oprimidos e promulgar o tempo da graça do Senhor”. (Lc 4, 18 – 19a);
E acrescentou: “Hoje se cumpriu a Escritura que acabastes de ouvir.” (Lc 21).
A partir de Jesus, para os que o aceitaram com Salvador, o Ano da Graça é o próprio Messias, Ele é o portador da libertação e do perdão das dívidas, Ele é o alimento que mata a fome de forma definitiva.
É com esse espirito que a Igreja celebra o Jubileu, o Ano Santo. Uma profunda gratidão toma conta da Igreja pela certeza de que Jesus é o Salvador e, por conta desta certeza, perdão dos pecados, indulgências e caridade.
Para o Jubileu do Ano Santo de 2025, o Papa Francisco, diante dos enormes desafios enfrentados pela humanidade – crise climática, pandemia, guerras novas e antigas, “fake News”, violência de todas as formas – acrescentou uma Virtude Teologal: Esperança.
Em 2025 teremos um Jubileu da Esperança. Rezar, refletir e agir para alimentar a esperança, que nasce da fé e gera caridade.
O Papa entende que vivemos uma aguda crise de esperança e, na Bula que proclama o Jubileu lembra que “todos esperam. No coração de cada pessoa, encerra-se a esperança como desejo e expetativa do bem, apesar de não saber o que trará consigo o amanhã. Porém, esta imprevisibilidade do futuro faz surgir sentimentos por vezes contrapostos: desde a confiança ao medo, da serenidade ao desânimo, da certeza à dúvida. Muitas vezes encontramos pessoas desanimadas que olham, com ceticismo e pessimismo, para o futuro como se nada lhes pudesse proporcionar felicidade.” (Spes non Confundit 1).
Diante desta realidade, o que fazer?
Como batizados e, consequentemente, missionários e como jovens e alpinistas que, mesmo sendo levados por Cristo para o alto da montanha, não querem ficar acomodados lá em cima, somos chamados a ser Peregrinos da Esperança a partir do Movimento Escalada, o nosso rosto que a Igreja quer ter e ser.
Não podemos nos acomodar, especialmente na urgência de levar esperança aos jovens. Nos diz o Papa:
“E de sinais de esperança também têm necessidade aqueles que, em si mesmos, a representam: os jovens. Muitas vezes, infelizmente, veem desmoronar-se os seus sonhos. Não os podemos decepcionar: o futuro funda-se no seu entusiasmo. Como é belo vê-los irradiar energia, por exemplo, quando voluntariamente arregaçam as mangas e se comprometem nas situações de calamidade e mal-estar social! Já é triste ver jovens sem esperança; se bem que se torna inevitável viver o presente na melancolia e no tédio quando o futuro é incerto e impermeável aos sonhos, o estudo não oferece saídas e a falta de emprego ou dum trabalho suficientemente estável corre o risco de suprimir os desejos. A ilusão das drogas, o risco da transgressão e a busca do efémero criam nos jovens, mais do que nos outros, confusão e escondem-lhes a beleza e o sentido da vida, fazendo-os escorregar para abismos escuros e impelindo-os a gestos autodestrutivos. Por isso, que o Jubileu seja, na Igreja, ocasião para um impulso a favor deles: com renovada paixão, cuidemos dos adolescentes, dos estudantes, dos namorados, das gerações jovens! Mantenhamo-nos próximo dos jovens, alegria e esperança da Igreja e do mundo!” (Spes non Confundit 12).
Jovens evangelizando jovens – e evangelizar significa levar esperança – é uma marca do Movimento Escalada. Nos encontros, nos Zonais e Projetos, nas músicas e oração, nas Ações magnificas e no compromisso paroquial. Tudo que o Escalada já faz é levar esperança.
Mas, diante das urgências do tempo, é preciso avançar. Para dentro, ir muito fundo; pra fora, ir muito longe. É sempre bom lembrar.
Não podemos descuidar desse avançar, desse peregrinar levando a Esperança que, nós sabemos, tem nome: Jesus Cristo.
Ações e, se necessário, palavras devem modelar o nosso 2025. Devemos chegar ao final do ano com cestos repletos de frutos para entregar ao Senhor da Vida, nosso modelo e ânimo, nosso amigo e companheiro de Jornada. Os jovens que ainda não foram alcançados pelo carisma do Ser Pessoa em Clima de Oração, mesmo que não saibam, desejam receber essa boa notícia que o Movimento tem a oferecer.
Então, em 2025 de forma ainda mais intensa, sejamos no Movimento Escalada, peregrinos da Esperança em direção a muitos e muitos jovens.
Amém!
Pe. Manoel Filho (Mané)
Assistente Eclesiástico do Movimento Escalada
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