Palavra do Alpinista - Uma trilha na montanha, um oásis no deserto.
Estava no colégio, um amigo do Crisma com apelido de remédio insistiu para que eu participasse de um encontro. Nunca tinha feito algo assim, então fui... Não é que esse encontro foi a cura para algumas dúvidas da época?? Daí passei a me perguntar qual a relevância de algumas atitudes para a minha vida, que diferença fazia.
Ainda que transformador e verdadeiro, eu não estava no meu momento de participar ativamente do Movimento. Anos depois, eis que encontro outro amigo do mesmo colégio, com nome de comida, fez reacender a chama que se apagara. Ele foi alimento, ao me resgatar para viver novas e incríveis experiências.
Que alegria!! Novos desafios!! Retornar como Master foi tão especial quanto da primeira vez. Sendo outro momento da vida, apenas foi preciso ofertar o que tinha para receber o vinho melhor, como nas Bodas de Caná. Desta vez pude sentir e entender melhor o tal “clima de oração”, um oásis para mim que sou algo ansioso. E "ao chegar o fim do dia eu sei que dormiria muito mais feliz", como na emocionante música Amar como Jesus amou (Pe. Zezinho).
Então percebi que não devemos duvidar, por um segundo sequer, do nosso potencial de gerar a mudança, de plantar sementes que transformam realidades!!! Podemos ser a única bíblia que o outro vai ler, a mão que vai ajudar o próximo a escalar, independente de idade, de perfil psicológico, de tempo no Movimento... Lembramos das pessoas que fizeram o encontro com a gente? Será que temos a coragem de sermos eternamente responsáveis por aqueles a quem cativamos??? Nos deixamos cativar?
Queridos amigos e amigas Alpinistas, que nesta quaresma possamos nos inspirar nas ações da Beata Dulce dos Pobres, que sendo uma frágil jovem construiu obras concretas, que permanecem relevantes mesmo depois de 25 anos do seu falecimento. E assim, “Mil andorinhas vão fazer verão, todos verão. Se Deus quiser” (Projeto Absurdo).
Flúvio Arlei - 56ª Escalada de Salvador - F. E.
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