Momento PO - Esperança
Depois de 1 ano de pandemia, muita coisa ficou abalada. Nossa saúde física e mental, nossos relacionamentos, nossa fé, nossa esperança. E como falar de esperança em um momento em que tudo parece tão difícil, tão injusto, tão errado?
E a pandemia nos deixou cansados. Cansados de ficarmos em casa, cansados de não podermos sair, cansados de esperar por uma melhora que não chega. E, talvez, por estarmos num momento em que até a nossa fé está abalada, a gente esquece de uma coisa básica, que deveria estar nos sustentando: Jesus Cristo é a nossa esperança.
A esperança vem como combustível para que ultrapassemos os momentos difíceis. É o próprio Deus caminhando lado a lado com os desanimados, os descrentes e lhes dando descanso e fortaleza (Mt 11, 28-30). Fazendo a dor da gente sorrir.
Mas esperar em Cristo não é fácil. Não é simplesmente sentar e aguardar a graça pedida. É um exercício de fé, com muita oração, desenvolvendo a virtude da esperança e tendo a certeza de que o nosso socorro virá do Senhor Deus (Sl 121). E São Paulo, em sua carta aos Coríntios, nos conforta ao dizer que a esperança não nos decepciona (Rm, 5,5), o que nos dá ainda mais convicção de que somente a fé em Cristo nos ajudará a passar por todas as tribulações.
Esse convite a refletir sobre a esperança se torna ainda mais significativo porque estamos vivendo a Quaresma, tempo litúrgico que tem como um de seus tripés a oração. E é através dela, desse momento íntimo com Deus, que a gente compartilha com Ele todas os nossos medos e aflições.
O próprio Cristo, pouco antes de ser preso e em seu momento 100% homem, orou, aflito sobre seu o padecimento na cruz: “Pai, meu Pai, tu podes fazer todas as coisas! Afasta de mim este cálice de sofrimento. Porém que não seja feito o que eu quero, mas o que tu queres” (Mc 14, 36). Jesus, diante do medo da morte na Cruz, teve esperança em Deus que a ressurreição e a vida eterna estavam por vir.
E assim devemos ser, confiantes em Deus, pois “bendito é o homem cuja confiança está no Senhor, cuja confiança nele está. Ele será como uma árvore plantada junto às águas e que estende as suas raízes para o ribeiro. Ela não temerá quando chegar o calor, porque as suas folhas estão sempre verdes; não ficará ansiosa no ano da seca nem deixará de dar fruto" (Jr 17, 7-8).
Devemos que quando o amanhã chegar, ele há de nos dizer do amor desse Deus que é dono de tudo. Esse Deus que quer só nosso bem e que está olhando por nós.
Portanto, sejamos alegres na esperança, fortes na tribulação e perseverantes na oração (Rm 12, 12).
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