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Calendário Temático 2025

  • Foto do escritor: Movimento Escalada
    Movimento Escalada
  • 28 de jan. de 2020
  • 68 min de leitura

Atualizado: há 26 minutos

24.NOV A 30.NOV - ORAÇÃO - AMAR APESAR DE NÃO GOSTAR: ORAÇÃO POR AQUELES QUE NOS DESAFIAM

Objetivo

Em oração, compreender que amar quem nos desafia é possível se nos deixarmos transformar pelo amor de Jesus.

Texto

Jesus enfrentou muitos desafios, foi rejeitado pela sua própria cidade "Nenhum profeta é bem recebido em sua própria terra."(Lucas 4:24). Foi negado por Pedro, que negou a Jesus três vezes e ainda sim ofereceu graça e o restaurou com amor e deu-lhe uma nova missão (João 21: 15-17). Foi traído por Judas, o seu discípulo mais próximo que o vendeu por 30 moedas. E incompreendido por muitos, rejeitado e crucificado. Na cruz, Ele orou por aqueles que o crucificavam-no, pedindo amor e perdoando os inimigos "Pai, perdoa-lhes, pois não sabem o que fazem" (Lucas 23:34).

Ele nos ensinou sobre o amor que vai na contramão: “A vós que me escutais, eu digo: amai os vossos inimigos e fazei o bem aos que vos odeiam. Falai bem dos que falam mal de vós e orai por aqueles que vos caluniam". Reagiu com graça e não com vingança: Se alguém te bater numa face, oferece também a outra". Agiu com generosidade e desprendimento: "E se alguém tomar o teu manto, deixa levar também a túnica. Dá a quem te pedir e, se alguém tirar do que é teu, não peças de volta". E tratou o outro com a mesma dignidade e misericórdia que gostaríamos de receber, mesmo que o outro não merecesse: "Assim como desejais que os outros vos tratem, tratai-os do mesmo modo”. (Lucas 6, 27-31).

Jesus lidou com todos os desafios não como ameaça mas como oportunidade de revelar a palavra de Deus com oração, verdade, compaixão, graça e perdão. Através de um amor que nasce da decisão de enxergar o outro pelo olhar de Deus.

E Jesus expressa totalmente o seu amor por todos nós e até aqueles que o feriram e deixa o maior mandamento da lei: "Amarás o Senhor, teu Deus, como todo o seu coração, com toda a tua alma e com todo o teu entendimento." Esse é o primeiro mandamento. Ora, e o segundo mandamento lhe é muito semelhante: "Amarás teu próximo como a ti mesmo." (Mateus 22, 35-40).

Então, Jesus nos ensina que amar quem nos desafiam começa com oração, mudança de perspectivas, mudança de atitudes e praticar o perdão, nos conduzindo assim a um nível mais profundo de amor cristão moldado pelo Espírito Santo.

Mateus termina com estas palavras de Jesus: "Sede, portanto, perfeitos, como vosso Pai Celeste" (Mateus 5,48) e encontramos a resposta em Lucas : "Sede misericordioso como vosso Pai  é misericordioso". (Lucas 6, 36).  

Sugestão Bíblica: Mateus 5: 43-44

Sugestões de Dinâmica: Fazer momento de reflexão e oração por quem tem te desafiado. Você tem amado com o padrão do mundo ou com o padrão de Jesus] E estimular a prática do perdão diário através da oração.

Sugestões de Música: Ser Cristão, Milhões, Vocação, Total Dimensão, Brilha a tua luz, Canção dos apóstolos, Amor em movimento, Teu amor, Amor pra transformar, Desafio

10.NOV A 16.NOV - COMPORTAMENTO - A IMPORTÂNCIA DO DIA DA CONSCIÊNCIA NEGRA À LUZ DO EVANGELHO.

Objetivo 

Refletir sobre o papel da igreja como instrumento de promoção de justiça social, partindo dos documentos da igreja e dos ensinamentos de Jesus e como devemos nos responsabilizar coletivamente em atitudes de combate ao racismo.

Texto 

Estamos nos aproximando de um novo ano litúrgico e celebraremos um dos maiores mistérios da fé cristã: a encarnação do Verbo. No dia 20 de novembro, o Brasil celebra o Dia da Consciência Negra, data escolhida em homenagem à morte de Zumbi dos Palmares, visando combater o racismo e valorizar a cultura afro-brasileira. Essas duas realidades, aparentemente tão distintas - o nascimento de Jesus, a vinda de Deus encarnado à terra e a morte sangrenta de um ex-escravizado que lutava pela libertação de seu povo – compartilham um mesmo mistério: o da dignidade humana e da fraternidade universal.

Enquanto cristãos, cremos que somos descendentes de ancestrais em comum. Possuímos uma mesma origem carnal, em Adão e Eva, mas possuímos também uma mesma origem mais profunda: a de sermos imagem e semelhança de Deus. Esse mistério da imagem e semelhança de Deus que o ser humano carrega tem seu ápice em Cristo, Deus feito Homem. Ao assumir a nossa natureza humana, Jesus traz uma dignidade incomparável ao ser humano: todos compartilhamos com Cristo, essa mesma natureza. Todos somos iguais, todos podemos ser feitos filhos de Deus. 

Assim, apesar de, historicamente, Jesus de Nazaré ter sido um judeu, nazareno, que viveu na Palestina no século I, Jesus compartilha sua humanidade com todos os homens e mulheres que já existiram e que virão a existir. São Paulo ensina (Rm 5,18-19) que compartilhamos uma humanidade nova em Jesus, da mesma forma como compartilhamos nossa humanidade carnal através de Adão. Sendo assim, a desvalorização de qualquer cultura, povo ou nação é uma desvalorização do ser humano criado à imagem de Deus e de cuja humanidade o próprio Jesus assumiu. O racismo não está apenas nos ataques direcionados, mas também na desvalorização racial. Pela terrível realidade da escravidão de povos africanos em nosso país, existem marcas presentes em nossa mentalidade, estando o racismo muito mais enraizado em nossa consciência coletiva do que podemos pensar. O racismo está nos ataques diretos e óbvios, mas também está em situações mais sutis como na desvalorização da beleza negra, na demonização das religiões afro-brasileiras, na violência policial, na desigualdade econômica e social, etc. 

A Igreja nos convida à valorização do ser humano em sua integralidade e entende que toda forma de discriminação é um pecado:

“Qualquer forma de discriminação nos direitos fundamentais da pessoa, seja ela social ou cultural, ou que se fundamente no sexo, raça, cor, condição social, língua ou religião deve ser superada e eliminada, porque contrária ao plano de Deus” (Gaudium et Spes – Vaticano II).

Celebrar o Dia da Consciência Negra enquanto cristãos é um convite a uma nova forma de pensar, que seja mais coerente com a vida e os ensinamentos de Jesus.

Sugestão Bíblica: Gálatas 3,28 e Romanos 5,18-19.

Sugestão de Dinâmicas: Dividir em grupos e separar para que compartilhem:

1. Quem é seu/sua cantor/a negro/a preferido/a? 2. Quem é seu/sua autor/a negro/a

preferido/a? 3. Qual característica cultural de origem africana eu mais gosto?

Após a conversa, trazer para o grupo maior a reflexão de como valorizamos a cultura negra em geral, de como o racismo não está “apenas” nas injúrias raciais e discriminações, mas também na desvalorização, na percepção da herança africana como negativa ou inferior. Sugerir mudanças no cotidiano que levem a uma valorização da cultura negra.

Sugestão de Músicas: Canção da Vida, Projeto Absurdo, Terra Molhada, Todos Nós, Povo Sertanejo, Guetos, Novo Tempo, Os meninos da nova terra, Êxodos. 

03.NOV A 09.NOV - ESTUDO - ENTENDENDO A TECNOLOGIA À LUZ DA NOSSA FÉ

Objetivo

O objetivo é trazer como nós cristãos podemos utilizar a tecnologia e principalmente como podemos fazer isso da melhor forma possível, sem deixar de lado nossos valores e os da nossa fé.

Texto

Energia, carro, televisão, celular, redes sociais, inteligências artificiais… muitas tecnologias atravessaram o mundo e moldaram a forma como nos comunicamos e vivemos. Nesse meio, a Igreja Católica também precisou compreender qual é o seu papel diante das tecnologias e como podemos utilizá-las da melhor maneira. Desde o início, a Igreja nunca se opôs ao progresso humano, ao contrário, reconhece que “as maravilhosas descobertas da técnica são dons de Deus e frutos do engenho humano, destinados a aproximar as pessoas e elevar o espírito” (Inter Mirifica, n. 1).

Muitos sacerdotes foram pioneiros em suas invenções e mostraram como fé e ciência podem coexistir. Em 1860, o padre italiano Giovanni Caselli, percebendo a necessidade de melhorar a comunicação entre comunidades, criou o pantelégrafo, dispositivo que transmitia imagens à distância usando um sistema de sincronização por relógio. Essa invenção aproximou as pessoas e iniciou uma nova era na comunicação de longa distância — facilitando a troca de ideias e até a evangelização. O pantelégrafo foi o precursor do fax moderno e um exemplo concreto de como a criatividade humana pode servir à comunhão. Hoje, vivemos cercados por novas formas de comunicação: televisões, celulares, redes sociais e, mais recentemente, a inteligência artificial. Em 2020, o Papa Francisco pediu que rezássemos “para que o progresso da robótica e da inteligência artificial esteja sempre a serviço do ser humano”, recordando que a técnica deve estar subordinada ao bem comum e nunca substituir o coração humano. O DOCAT também orienta que “a técnica e a economia devem servir à pessoa humana, e não o contrário” (DOCAT, n. 255).

De fato, a tecnologia pode nos ajudar a aprender, pesquisar e otimizar tarefas; mas,

ao mesmo tempo, pode gerar alienação, dispersão e a difusão de mentiras, como as

fake news, que obscurecem a verdade algo que, o Papa Bento XVI já alertava como

um desafio moral da era digital. Isso significa que devemos rejeitar a tecnologia? Não.

Mas somos chamados a refletir como a utilizamos e se ela nos aproxima de Deus e

das pessoas, ou se nos afasta. O Compêndio da Doutrina Social da Igreja nos recorda que “o progresso tecnológico não é neutro; depende da orientação moral que lhe é dada” (n. 458). E São Paulo já aconselhava: “Tudo me é permitido, mas nem tudo convém” (1Cor 6,12). A verdadeira sabedoria está em usar os recursos do mundo moderno sem perder o sentido da presença, do silêncio e da relação. As redes sociais, por exemplo, podem ser instrumentos valiosos de evangelização. O jovem Carlo Acutis, santo da Igreja, utilizou a internet para anunciar Cristo e criar um site que catalogava milagres eucarísticos, mostrando que a santidade pode florescer também na era digital. Assim como ele, muitos movimentos e paróquias hoje utilizam as mídias para comunicar a Palavra, reforçar vínculos comunitários e permitir que pessoas impossibilitadas de ir à igreja participem das missas online. O YOUCAT nos convida justamente a isso: “usar os dons e talentos recebidos — Inclusive tecnológicos — para o bem e o serviço dos outros” (YOUCAT, n. 321).

Em 2017, o Vaticano lançou o chatbot “Pope Francis News”, que usava inteligência

artificial para responder perguntas sobre a Igreja e o Papa. Essa iniciativa tornou o

acesso à fé mais simples e próximo, levando o Evangelho a ambientes digitais onde

tantas pessoas buscam sentido e orientação. Mais recentemente, com o falecimento do Papa Francisco e a eleição do Papa Leão XIV, as redes sociais tornaram-se espaço de comunhão e proximidade, permitindo que os fiéis acompanhem as mensagens e intenções do novo pontífice. Diante de cada nova tecnologia, somos convidados a discernir nosso papel como católicos. A Doutrina Social lembra que “a técnica deve ser instrumento de solidariedade e não de dominação” (Compêndio, n. 459). E Jesus nos deixou o mandamento que ilumina toda decisão: “Amai-vos uns aos outros como eu vos amei” (Jo 15,12). Que saibamos usar a tecnologia com clareza, consciência e caridade, tornando-a um meio para espalhar a nossa missão, fortalecer nossos vínculos e evangelizar com o coração e com os recursos do tempo presente.

Exemplos Práticos:

Carlo Acutis | O jovem Carlo Acutis, santo da Igreja, utilizou a internet para

anunciar Cristo e criar um site que catalogava milagres eucarísticos, mostrando que a santidade pode florescer também na era digital.

Padre Mané | O padre Manoel possui um podcast com o Evangelho Diário (Que Assim Seja), como uma forma de aproximar mais as pessoas não só da Palavra, mas também dessa rotina de orar, meditar a palavra e aplicá-la durante o dia.

Pope Francis News | Vaticano lançou o chatbot “Pope Francis News”, que usava inteligência artificial para responder perguntas sobre a Igreja e o Papa. Essa iniciativa tornou o acesso à fé mais simples e próximo, levando o Evangelho a ambientes digitais onde tantas pessoas buscam sentido e orientação.

Sugestão de Dinâmica:

Cada pessoa segura uma ponta do barbante e diz uma forma de evangelizar com os

meios modernos (ex: “mandar uma mensagem de fé”, “partilhar um post”, “usar IA para estudos bíblicos”). O intuíto é formar uma rede com o barbante. “Somos nós a

rede viva de Cristo.” (Jo 15,5 – “Eu sou a videira, vós os ramos”).

Sugestão de Música: Transformação, Conexão (TLM Local 2025), Identidade, Amor em Movimento, Pra Quem eu Sou. 


27.OUT A 02.NOV - TEMA LIVRE

20.OUT A 26.OUT- ORAÇÃO - TEMA:  SANTA TERESINHA E A PEQUENA VIA DA ORAÇÃO

Objetivo

Transmitir o exemplo espiritual de Santa Teresinha do Menino Jesus, através do valor da “Pequena Via” — o caminho da santidade através do amor, da simplicidade e da confiança total em Deus.

Texto

Santa Teresa do Menino Jesus e da Sagrada Face, conhecida como Santa Teresinha de Lisieux, nasceu em 02 de janeiro de 1873, em Alençon, na França, em uma família profundamente católica. Seus pais, Luís Martin e Zélia Guérin, foram canonizados pela Igreja em 2015, tornando-se o primeiro casal de santos canonizados juntos. Ela era a filha caçula de nove irmãos, dos quais apenas cinco filhas sobreviveram, e todas se consagraram a Deus na vida religiosa.

Desde muito jovem, seu maior desejo era entrar para o Carmelo, para viver em oração e união com Jesus. Mesmo sendo considerada muito nova, com apenas 15 anos, viajou com o pai até Roma e, durante uma audiência com o Papa Leão XIII, pediu pessoalmente autorização para ingressar no convento. Seu pedido foi atendido, e ela finalmente entrou no Carmelo de Lisieux, onde viveu até o fim de sua vida.

No Carmelo, Teresinha dedicou-se inteiramente a uma vida de oração, silêncio, humildade e amor a Deus. Ela realizou todos os seus deveres com simplicidade, enxergando em cada pequeno gesto uma oportunidade de oferecer amor e sacrifício. Foi ali que desenvolveu a espiritualidade que chamou de “Pequena Via”, o caminho da confiança e do amor nas pequenas coisas.

Teresinha compreendeu que nem todos são chamados a grandes feitos, mas que cada pessoa pode agradar a Deus vivendo com amor as tarefas simples do cotidiano. Sua fé estava baseada em uma entrega total à misericórdia divina, com o coração de uma criança que confia inteiramente no Pai.

Essa espiritualidade simples e profunda nos ensina que qualquer pessoa pode ser santa, independentemente de sua condição ou de seus dons. O essencial é viver cada momento com amor e fazer da vida uma constante oração – “Nada é pequeno, se feito com amor”. Aprender a ver Deus nas coisas simples, a aceitar as dificuldades com confiança, e a fazer tudo por amor, seja uma grande missão ou um pequeno dever do dia. “Ainda que eu falasse as línguas dos homens e dos anjos, se não tiver amor, sou como um bronze que soa ou um címbalo que retine” Coríntios 13, 1–3.

Seguir a Pequena Via de Santa Teresinha é: aceitar as limitações pessoais sem desânimo, confiando que Deus age mesmo na fraqueza; fazer o bem nas pequenas coisas, com amor silencioso e gratuito; oferecer tudo como oração, até as tarefas mais simples; confiar em Deus mesmo quando tudo parece difícil ou escuro; ser alegre e grato, reconhecendo que cada momento é uma oportunidade de amar.

A oração não precisa de palavras sofisticadas, nem de grandes fórmulas: é o diálogo simples e sincero com Deus. Para ela a oração é um impulso do coração, um simples olhar lançado ao Céu, um grito de gratidão e de amor, tanto no sofrimento quanto na alegria.

Teresinha comparava sua via a um elevador espiritual: enquanto os santos “grandes” subiam a Deus por longas escadas de virtudes, ela se colocava nos braços de Jesus, permitindo que Ele a elevasse com sua graça. Essa imagem expressa a essência da Pequena Via — a santidade como um dom gratuito, recebido com confiança e amor, e não conquistado por mérito próprio.

Ser jovem e seguir Jesus é um desafio. Mas, Teresinha prova que a santidade é possível, mesmo com nossas limitações. Ser santo não é ser perfeito, mas deixar Deus agir na nossa vida com amor e simplicidade.

 Sugestão Bíblica: Mateus 18, 1–4; mateus 6, 6; coríntios 13, 1–3; e joão 15, 9–12.

Sugestão de Músicas: Rosa Minha; Ser Cristão; Entrega; Deus; Sinais de Deus; Pessoa da Luz.


13.OUT A 19.OUT - ESTUDO - AS CARTAS DE SÃO PAULO E O CHAMADO À MISSÃO

Texto:

“Já não sou eu quem vivo, é Cristo que vive em mim.” (Gl 2,20)

As Cartas de São Paulo são muito mais do que textos antigos da Igreja primitiva — são cartas vivas, cheias de fé, coragem e amor. Escritas em meio a perseguições, viagens e desafios, elas revelam o coração de um homem que se deixou transformar completamente por Jesus.

Paulo não sempre foi apóstolo. Antes, era perseguidor dos cristãos. Mas o encontro com Cristo no caminho de Damasco mudou tudo. A partir desse momento, sua vida se tornou uma missão de anunciar o Evangelho com palavras e com o próprio testemunho.

Nas cartas, vemos um homem apaixonado por Deus, que fala de forma muito humana sobre fraquezas, pecados, perdão e graça. Ele ensina que ser cristão não é apenas seguir regras, mas viver uma relação de amor e liberdade em Cristo.

Em cada comunidade que ele escreve — Corinto, Roma, Éfeso, Filipos — São Paulo procura orientar, corrigir, consolar e encorajar. Ele fala de unidade, fé, esperança, caridade, e nos lembra que cada um de nós é membro de um mesmo corpo, o Corpo de Cristo.

Quase todas as cartas de Paulo seguem uma estrutura bastante organizada, parecida com o formato de carta usado no mundo greco-romano da época:

1. Saudação inicial – Paulo se apresenta e saúda os destinatários (“Paulo, servo de Jesus Cristo… graça e paz a vós!”).

2. Ação de graças – ele agradece a Deus pela fé daquela comunidade.

3. Corpo da carta – é onde ele trata dos problemas, ensina, orienta e motiva.

4. Conclusão – termina com recomendações pessoais e uma bênção final.


Hoje, as palavras de Paulo continuam atuais.

Quando ele diz: “Não vos conformeis com este mundo, mas transformai-vos pela renovação da vossa mente” (Rm 12,2), ele está falando também para nós, que vivemos num tempo de distrações, pressões e incertezas.

Paulo nos convida a uma conversão diária, um profundo equilibro da nossa cruz, a buscar em Cristo o sentido da vida e a força para amar, perdoar e recomeçar.

A escrita das Cartas de São Paulo não são como textos distantes, mas como cartas pessoais, escritas também a cada um de nós. Que possamos ouvir, nas entrelinhas, o mesmo convite que ele ouviu: “Levanta-te, entra na cidade e te será dito o que deves fazer.” (At 9,6)

E que, como Paulo, possamos responder com coragem: “Senhor, que queres que eu faça?”

Sugestão de Música: começa a missão, é de Deus, evangelizar é bala, canção para o amigo que vai, deixa Deus dançar, pessoa da luz, total dimensão, ser cristão, sem retorno, geração, serviço, semear a palavra, projeto absurdo

06.OUT A 12.OUT - COMPORTAMENTO - A IMPORTÂNCIA DE NOS DOARMOS PARA O PROJETO DE AMOR DE DEUS: O EXEMPLO DE SÃO FRANCISCO

Objetivo: Refletir sobre a dedicação de São Francisco às obras do Senhor e entender a importância de se entregar aos planos de Deus para nós. 

Texto:

“Onde houver ódio, que eu leve o amor.”

São Francisco compreendia que não podemos esperar que o mundo mude por si só, mas que cada um de nós precisa ser instrumento dessa mudança. Esse trecho da oração de São Francisco nos deixa um convite a viver uma vida mais cristã. O ódio reflete muito nas coisas do mundo que nos divide, destrói e que pode nos contaminar. Já o amor, nos reconstrói, cura, humaniza, constrói pontes e isso nos aproxima do amor de Deus. Levar o amor onde existe ódio significa ser o primeiro a dar o passo do perdão, escolher a paz ao invés da vingança, agir com bondade mesmo diante da hostilidade, é viver aquilo que Jesus ensinou no evangelho. Isso deixa muito visível o comportamento de são Francisco, levando essa mistura de simplicidade, humildade, amor, misericórdia, renúncia acima de tudo, e entrega total aos projetos de Deus! Quando doamos o nosso tempo, os nossos recursos ou os nossos dons, nós participamos da missão de Deus no mundo. Seguindo o exemplo de São Francisco, aprendemos que a doação não nos empobrece, mas nos enriquece espiritualmente. Ela nos liberta do apego e nos aproxima da verdadeira alegria, que está em servir. O amor só se torna concreto quando é partilhado, e cada gesto de generosidade nos faz instrumentos da paz e da misericórdia de Deus. Portanto, doar para o projeto do amor de Deus é assumir, como Francisco, o chamado de viver para além de si mesmo, colocando o Evangelho em prática e espalhando o bem por onde passarmos. Assim, São Francisco é esse exemplo que nos mostra que, diante das situações de conflito, rancor e indiferença, nossa missão é agir com amor, porque somente o amor tem a força de transformar os corações.

Sugestão de Música: Oração de São Francisco, Enquanto há Deus há missão, Milhões, Ser Cristão, Jeito de Viver, Os Meninos da Nova Terra, Sem Retorno, Geração

29.SET A 05.OUT - TEMA LIVRE

22.SET A 28.SET - ESTUDO - TEMA:  FINANÇAS SEGUNDO OS PRINCÍPIOS BÍBLICOS

Objetivo 

Compreender como administrar com fé os bens que Deus nos confia, usando-os com simplicidade, honestidade e generosidade a serviço do amor e do próximo.

Texto

A Igreja nos ensina que a administração dos bens materiais deve estar sempre em sintonia com a fé. O que possuímos é dom de Deus, e somos chamados a ser bons administradores dos recursos que Ele nos confia, lembrando que tudo deve ser colocado a serviço do amor e da justiça.

As sagradas escrituras apresentam a importância de colocar Deus e o próximo acima do dinheiro. Não se tratando apenas de regras econômicas, mas sim orientações espirituais para viver baseado naquilo que Jesus nos deixou de ensinamento, baseado na sabedoria, generosidade e integridade.

O mais importante dos princípios é inicialmente reconhecer que tudo pertence a Deus e nós apenas administramos os recursos que nos é ofertado por Ele para ser usado com sabedoria, conforme apresentado “minha é a prata e meu é o ouro, diz o senhor” (Ageu 2,8) e “Do Senhor é a terra e tudo o que ela contém, o mundo e os que nele habitam” (Salmo 24,1). Ser jovens amadurecidos na fé é reconhecer que não somos donos absolutos; somos administradores piedosos do que recebemos a cada dia. Isto nos leva a valorizar, cuidar e não desperdiçar.

O trabalho deve ser considerado uma benção de Deus e não uma maldição. Temos o costume de reclamar pelo nosso trabalho e esquecemos que aquilo que temos hoje foi fruto de uma oração, deixamos de agradecer e nos queixamos diariamente por aquilo que nos foi dado. Nosso trabalho deve ser exercido com diligência e honestidade. Trabalhar sempre de forma ética, sem exploração e preguiça, buscando a excelência. O décimo mandamento da lei de Deus diz “Não cobiçarás as coisas alheias” e uma forma de ferir esse mandamento é não cumprir com as nossas obrigações no trabalho, recebendo injustamente por aquilo que fomos contratados a fazer. Deus abomina fraude e desonestidade, devemos agir com ética em qualquer negociação, sem explorar ou enganar. 

A Bíblia nos alerta sobre a necessidade de ter cautela com dívidas “A ninguém devais coisa alguma, a não ser o amor” (Romanos 13,8). Não devemos viver acima daquilo que ganhamos, para que tenhamos liberdade financeira. Podemos nos inspirar em exemplos como o de São Francisco de Assis, que renunciou a todas as riquezas para viver apenas com o indispensável à sobrevivência. “Tendo sustento e com que nos vestir, estejamos contentes” (1 Timóteo 6,8). Fazer orçamentos, guardar para emergências, investir com sabedoria, são ações de planejamento que nos afasta da escravidão financeira. 

A riqueza não é só para benefício próprio, mas também para abençoar outros. Os recursos obtidos de forma justa com o esforço do nosso trabalho, não deve ser apenas usado para os nossos interesses próprios, mas sim para ajudar os necessitados, sustentar a obra de Deus e praticar a caridade com o coração alegre “Quem se compadece do pobre empresta ao Senhor” (Provérbios 19,17).

A verdadeira riqueza não está no acúmulo, mas em confiar em Deus. Não permitir que a nossa vida gire apenas em torno de bens materiais, mas viver com gratidão. “Não ajunteis tesouros na terra, onde a traça e a ferrugem corroem e os ladrões arrombam e roubam. Ajuntai para vós tesouros no céu” (Mateus 6,19). As riquezas materiais não são um fim, mas um meio para promover a vida e a caridade.

Nossa juventude, por vezes, está mais focada no TER do que no SER e valoriza coisas supérfluas, que aumentam a distância do céu. Como jovens discípulos, precisamos aprender a poupar com sabedoria e doar com alegria. O que hoje nos prende mais a coisas materiais e nos afasta do céu?

O dinheiro é importante. Mas, também precisamos estar atentos e vigilantes. A avareza é um pecado capital, é o apego excessivo e o medo de perder bens materiais, nos trazendo falta de generosidade. O que temos, pode e deve ser utilizado de forma que nos proporcione uma vida mais confortável, mas também ajude ao próximo, as obras de Deus e aos mais necessitados. 

Sugestão Bíblica: Salmos 24:1; Ageu 2:8; Provérbios 14:23; 2 Tessalonicenses 3:10; Provérbios 22:7; Romanos 13:8; Lucas 14:28; Provérbios 3:9; Provérbios 19:17; e 1 Timóteo 6:10. 

Sugestão de Músicas: Terra molhada; Luz da vida; Povo sertanejo; Oração de São Francisco; Dividir pra somar; Novo Caminho; Eu e o Mundo; Vocação; Novo Tempo. 

Sugestão de Dinâmica: oferecer papéis que simbolizem dinheiro e separar itens materiais e questionar o quanto cada um está disposto a dar naquele item. Incluir itens supérfluos (celulares, roupas de luxo) e itens que mexam com o nosso serviço (doações, dar a um irmão necessitado). Pedir que após a reflexão, revejam se mantém aqueles valores iniciais para cada um dos itens; entregar um planner de planejamento financeiro impresso e sugerir que usem nos próximos dias para auxiliar na organização das finanças.

15.SET A 21.SET - COMPORTAMENTO - AMOR AO PRÓXIMO: COMO A COMPREENSÃO VAI ALÉM DA ESCUTA

Objetivo

Trazer como nós, cristãos, conseguimos compreender o que o próximo precisa para além da escuta. Escutar é o básico quando falamos com o irmão, mas precisamos compreender e entender o que a pessoa está falando e quais ações podemos tirar disso. 

Texto

“Ao desaparecer o silêncio e a escuta, transformando tudo em cliques e mensagens rápidas e ansiosas, coloca-se em perigo esta estrutura básica duma comunicação humana sábia.” Fratelli Tutti, 49. 

No mundo moderno, muitas vezes acreditamos que amar ao próximo se resume a escutar. Mas o que acontece quando essa escuta não vai além? Quando não compreendemos e não agimos? Amar o irmão é dever cristão, pois foi o próprio Cristo quem nos deixou o mandamento do amor. No entanto, esse amor exige mais do que ouvir: pede compreensão, acolhida e resposta. Pode ser em palavras de conforto, em um gesto concreto, ou mesmo em um direcionamento certo para aquele que necessita. 

Há uma diferença profunda entre escutar e escutar com compreensão. Escutar é apenas captar palavras; compreender é entrar no mundo do outro, captar seus sentimentos e interpretar sua realidade. Santa Dulce dos Pobres nos provoca com uma pergunta: “Eu vou ver uma pessoa em situação de rua, vou entregar comida e vou embora?” Sua reflexão mostra que a caridade verdadeira não se limita a um gesto, mas nasce da compreensão do próximo em sua dignidade. 

A Igreja nos recorda que não basta ouvir. É necessário escutar de modo contemplativo o clamor das pessoas. Assim, a escuta ativa se torna compreensão profunda, e desta nasce a ação transformadora — aquela que acolhe, levanta e dá esperança. Como nos lembra São Paulo: “Agora permanecem a fé, a esperança e o amor. Mas o maior deles é o amor” (1Cor 13,13). O amor que Cristo nos deixou é mais do que palavras: é presença, compreensão e gesto concreto. Amar o próximo vai além da escuta; é compreender para acolher, e agir para transformar. 

Sugestões Bíblicas: Provérbios 18,13; Romanos 12,15; Caminho de Emaús (Lucas 24, 13-35)

Sugestão de Leitura: Evangelii Gaudium, 171; Fratelli Tutii, 48 e 49

Exemplos Práticos: 

Jesus Cristo - O maior dos exemplos práticos sempre será Jesus Cristo que Ele não só escutou os discípulos, mas caminhou com eles e partilhou o pão, além de sempre ser uma pessoa com quem as pessoas queriam desabafar. 

Padre Mané - Padre Manoel sempre fala que apesar dele falar bastante, o dom dele é de ouvir e que ele adora escutar as pessoas e para além dessa escuta, ele sempre traz uma compreensão profunda do acontecimento e auxilia as pessoas. 

Santa Dulce dos Pobres - Ela não se limitava a comida e uma palavra de acalento, mas ela acolhia, tratava e sempre com dignidade. 

Santa Teresinha do Menino Jesus - Ela escutava as irmãs do convento, mas compreendia também as suas fragilidades e oferecia paciência, sorriso ou um gesto de ternura. E quando algo lhe causava irritação, ao invés de reclamar, ela se colocava no lugar da outra pessoa e oferecia isso como um gesto de amor. 

Sugestões de Dinâmica:  

1- UM A UM 

Preparação: escreva em papéis palavras gatilhos de situações do cotidiano (carro quebrado, noite mal dormida, discussão em família, perda de emprego, sobrecarga de estudos etc.). Duplas: cada pessoa tira uma situação e a partilha com o par. 

Papel do outro: não é apenas ouvir, mas acolher com empatia, respondendo com palavras de consolo, compreensão ou até silêncio respeitoso. 

Troca: depois, invertem os papéis. 

Oração: momento de introspecção, rezando pelas situações que escutaram. 

Gesto concreto: assumir como missão da semana acolher uma situação semelhante à que encontraremos na vida real. 

2- Escuta do Coração 

Material: Cartões em branco e canetas 

Preparação: cada participante escreve uma dificuldade real (de forma anônima), os cartões são embaralhados e redistribuídos. 

Oração: Quem pegar o papel lê de forma silenciosa e faz uma oração por quem escreveu e pela situação. Depois, todos podem rezar juntos e colocar nas intenções o que foi compartilhado. 

Sugestão de Música: Teu amor, Todos os Sinais, Luz da Vida, Sê Um, Todos Nós, Unidade, Braço Forte, Todo dia eu agradeço, Vem da Terra, Oração de São Francisco, Tempo de Escutar, Ser Cristão 

Sugestão de Oração: Oração da Caridade (São Vicente de Paulo), Pequena Via de Santa Teresinha

08.SET A 14. SET - ORAÇÃO - ORAÇÃO NA BÍBLIA: COMO JESUS REZAVA

Objetivo: Aprender, através da nossa Pessoa em Excelência, a importância e o amor que devemos ter pela vida de oração.

Texto

A oração ocupa um lugar central na vida cristã, pois é o diálogo íntimo e sincero entre a criatura e o Criador. Na Sagrada Escritura, encontramos diversos exemplos de pessoas que elevaram sua voz a Deus, mas é em Jesus Cristo que vemos a plenitude da vida orante. Ele não apenas ensinou a rezar, mas também rezou intensamente, mostrando que a oração é o alimento da fé e a fonte da força espiritual.

No Antigo Testamento, Deus se apresenta como o Deus único, criador e poderoso, mas também como aquele que habitava no inacessível, envolto em majestade e mistério. Era comum a percepção de um Deus distante, que se manifestava em sinais extraordinários como no monte Sinai, em meio a trovões e relâmpagos (Ex 19,16-19) e que falava por meio dos profetas e da Lei. Essa distância não era sinal de indiferença, mas uma pedagogia divina para mostrar ao povo sua santidade absoluta e a necessidade de reverência diante do Sagrado.

No entanto, mesmo no Antigo Testamento, Deus já se revelava próximo em muitos momentos: caminhava com Israel, libertava seu povo do Egito, alimentava-os no deserto e fazia alianças. Era um Deus que cuidava do seu povo, mas que permanecia velado, apontando para uma plenitude que ainda viria.

No Novo Testamento, essa plenitude se realiza em Jesus Cristo, o Filho eterno do Pai, que se fez carne e habitou entre nós. Nele, o Deus que parecia distante se torna Deus próximo, companheiro de caminhada, rosto humano do amor divino. Jesus chama Deus de Abba, Pai, expressão de intimidade e confiança, e nos convida a fazer o mesmo.

Se antes a Lei estava escrita em tábuas de pedra, agora, em Cristo, a nova aliança é gravada no coração humano pelo Espírito Santo. Se antes Deus era contemplado em sinais grandiosos e assustadores, agora Ele se revela no menino de Belém, no carpinteiro de Nazaré, no Mestre que lava os pés dos discípulos e que morre na cruz para salvar a humanidade.

A partir da vinda de Jesus, já não falamos de um Deus longínquo, mas de um Deus Emmanuel: “Deus conosco” (Mt 1,23). Ele caminha ao lado de seus filhos, partilha das dores humanas, escuta as preces mais íntimas e nos oferece a vida eterna.

Com isso, os Evangelhos nos revelam que Jesus buscava momentos de silêncio e recolhimento para se colocar diante do Pai. Rezava nas madrugadas (Mc 1,35), retirava-se para os montes (Lc 6,12), orava antes de decisões importantes (Lc 6,13) e manifestava sua confiança em todas as circunstâncias da vida. A oração de Jesus era marcada por intimidade, confiança e entrega total à vontade do Pai: “Pai, não se faça a minha vontade, mas a tua” (Lc 22,42).

Além disso, Cristo nos deixou como grande herança a oração do Pai Nosso (Mt 6,9-13), verdadeiro resumo do Evangelho, no qual somos convidados a chamar Deus de Pai e a buscar a santidade, a providência e o perdão. Assim, Jesus mostra que a oração é, ao mesmo tempo, louvor, súplica e compromisso de vida.

A Leitura Orante: um Caminho de Oração

Seguindo o exemplo de Jesus, a Igreja convida os fiéis a cultivar uma vida de oração profunda. Um método muito fecundo é a Leitura Orante da Palavra de Deus, ou Lectio Divina, que permite transformar a leitura bíblica em oração viva e transformadora.

Esse caminho acontece em etapas simples e profundas:

1. Leitura: ler atentamente a passagem bíblica, deixando que o texto fale ao coração.

2. Meditação: refletir sobre o que Deus quer dizer à nossa vida concreta por meio daquela Palavra.

3. Oração: responder a Deus com palavras de louvor, súplica, agradecimento ou arrependimento.

4. Contemplação: silenciar-se diante do mistério de Deus, deixando-se transformar por Ele.

5. Ação: comprometer-se a viver na prática o que foi rezado e contemplado.

A Leitura Orante é um exercício espiritual que coloca o fiel na mesma atitude de Jesus: escuta, diálogo e obediência ao Pai. É uma forma de fazer da oração não apenas palavras, mas vida em comunhão com Cristo.

A oração na Bíblia revela-se como caminho de intimidade com Deus. Em Jesus, vemos o modelo perfeito de quem reza com amor filial, confiança e entrega. Seguindo o Seu exemplo, somos chamados a cultivar uma vida orante que não se restringe a pedidos, mas que seja louvor, escuta e resposta ao amor divino. A Leitura Orante é um meio privilegiado para entrar nessa experiência, permitindo que a Palavra se torne luz para os nossos passos e alimento para nossa fé.

Sugestão Bíblica: Mc 1,35; Lc 6,12; Mt 6,9-13.

Sugestão de Dinâmica: Meditar por meio de uma Leitura orante, tendo como base passagens bíblicas que falam sobre algum momento de oração de Jesus, por exemplo o Pai nosso da passagem de Mateus 6:9-13.

Para isso, sugere-se diminuir a luz do ambiente para auxiliar na concentração, estimular posição confortável e com música ambiente.

Sugestão de Música: Mar de Vida, Tempo de escutar, Deus, Digno, Meu Deus, meu Senhor, Francisco, Luz da Vida, Entrega.


01.SET A 07.SET - TEMA LIVRE

25.AGO A 31.AGO - ESTUDO - ENTENDENDO A CONSTRUÇÃO DA HIERARQUIA NA IGREJA

Objetivo: Nos aprofundarmos nas estruturas que compõem a Igreja Católica, como funciona desde as decisões tomadas no Vaticano até o nosso dia a dia em nossas paróquias. 

Texto

Este ano, no dia 04 de Agosto, celebramos o Dia do Padre, um momento em que a igreja nos convida a olhar com gratidão e carinho a estes servos do Senhor e a orar pela missão de cada um.

A partir desta data que nos propõe um olhar afetuoso e atento a estes líderes, vamos aprofundar nossos conhecimentos durante a semana nessa estrutura de serviço na qual se organiza a nossa igreja.

A Igreja Católica possui uma estrutura hierárquica bem definida e é sediada no Vaticano, com cargos que determinam as funções e responsabilidades ao redor do mundo. É importante salientar que a estrutura em que a Igreja é pautada advém da tradição deixada pelo próprio Cristo de haver líderes que mantenham a nossa fé viva e atuante até o fim dos tempos e que foi sendo atualizada através dos tempos pela ação do Espírito Santo, sempre com o objetivo de dar respostas novas às novas perguntas que surgem.

A liderança máxima da religião católica reside na figura do papa que é o sucessor de Pedro, o apóstolo confirmado por Jesus para a ser a pedra sobre a qual Ele edificaria a sua Igreja (Mt 16,18). O papado é o serviço de maior relevância na hierarquia católica, sendo escolhido e definido pela ação do Espírito Santo, tendo como responsabilidade a condução espiritual e administrativa da Igreja.

Além do papa, o catolicismo tem uma série de lideranças, que tem o objetivo de preservar todo o ensinamento que a Igreja recebeu dos Apóstolos e discernir os sinais do tempo para atualizar a mensagem do Evangelho.

Vamos destrinchar um pouco as outras funções que estão dentro da nossa igreja: O Papa é a maior autoridade da Igreja Católica, lidera a Igreja, toma decisões doutrinárias, nomeia cardeais e bispos, além de ser o chefe do Estado do Vaticano. O papa normalmente fica no cargo até sua morte, mas há casos em que pode-se decidir renunciar o cargo. (como em 2013, quando o Papa Bento XVI decidiu deixar a função devido a problemas de saúde).

Cardeal é o título conferido a alguns bispos, que são os conselheiros imediatos do papa e integram o Colégio de Cardeais, que tem como um dos seus mais importantes objetivos o de eleger o novo pontífice quando o cargo de um papa chega ao fim, através do processo do conclave. Além disso, eles podem pastorear arquidioceses ou atuar na administração da igreja.  

O Arcebispo preside a província eclesiástica metropolitana, que é um conjunto de Dioceses da mesma região, em geral, as dioceses mais antigas das quais surgiram outras dioceses menores. Tem um papel importante de organização e supervisão das atividades da arquidiocese.

Os bispos pastoreiam uma Diocese que é uma porção do Povo de Deus que se encontra em um território. A Diocese é formada por paróquias e outras instâncias de evangelização com Movimentos, Serviços de Evangelização (como o Movimento Escalada) e Pastorais.

Os padres são responsáveis por cuidar dos fiéis de uma paróquia ou de uma realidade pastoral específica definida pelo Bispo. Assim como o Papa e os Bispos, administram os sete sacramentos e cuidam da porção do Povo de Deus que lhe é confiado através do cuidado com as pessoas, gestão da vida paroquial, assistência às Instâncias Pastorais e a caridade o que faz com estejam mais próximos da comunidade.

Os diáconos recebem o Sacramento da Ordem no primeiro grau (O segundo é o sacerdotal e o terceiro o episcopal) e começaram a existir na Igreja Primitiva como se pode ver no livro de Atos dos Apóstolos. São os colaboradores dos sacerdotes na administração de alguns sacramentos, possuem a função de se dedicar ao ministério da caridade e da assistência. Existe o diaconato permanente, conferido a homens casados e o diaconato transitório, recebido pelos jovens em vista do sacerdócio.

Os leigos não fazem parte da hierarquia da Igreja. São odos os cristãos batizados que não possuem o sacramento da ordem. A expressão não diz respeito a conhecimento da Doutrina, como pode fazer parecer ao senso comum.  Ainda que não façam parte da hierarquia da igreja, são essenciais para a vida eclesial e para o fortalecimento da fé, por colocarem seus dons e carismas à serviço de Deus para o crescimento de suas obras.

Por fim, é preciso que nós busquemos compreender que cada lugar na  estrutura da Igreja Católica é atravessada pelo desejo do coração de Deus, num chamado vocacional para o serviço a Cristo e aos irmãos, em vista da construção de um mundo melhor até a chegada do Reino definitivo.

Que ao conhecermos melhor a hierarquia católica, possamos nos entender como parte da grande obra de evangelização que visa levar o Cristo ao mundo inteiro, bem como nos ajude a rezar por toda a Igreja para que seja, sempre mais, o rosto de Cristo no mundo.

Sugestão de Leitura: 

Sugestões de Músicas: Somos nós, Milhões, Canção dos Apóstolos, Apóstolos.

18.AGO A 24.AGO. - COMPORTAMENTO - MINHA CASA TAMBÉM É LUGAR DE ORAÇÃO

Objetivo: Refletir sobre como transformar nosso lar em um espaço de encontro com Deus, cultivando a oração no dia a dia da família e da vida pessoal.

Texto

Jesus nos convida a entrar no quarto, fechar a porta e orar ao Pai que está no segredo (Mt 6,6). Esse convite é para acolhermos a Deus no lugar mais íntimo que temos: a nossa casa. Mais do que paredes e móveis, nosso lar pode se tornar o espaço onde vivemos a presença de Deus, em oração e comunhão.

Em Betânia, na casa de Marta e Maria, percebemos duas formas de receber Jesus (Lc 10,38-42): o serviço atento e a escuta silenciosa da Palavra. Ambas são importantes, mas Jesus nos lembra que o essencial é dedicar tempo para estar com Ele. Isso nos desafia a encontrar momentos na rotina para rezar, cantar, ler a Bíblia em família ou simplesmente silenciar para escutar Deus.

A oração em casa não precisa ser formal ou rígida. Pode ser um canto entoado junto, a leitura orante de um trecho da Bíblia, o terço rezado em família, o agradecimento pelas bênçãos diárias ou a transformação das dificuldades em oportunidades para dialogar com Deus. Esses gestos aproximam corações, fortalecem vínculos e tornam nossa convivência mais cheia do amor de Cristo.

Os primeiros cristãos viviam unidos, “partiam o pão em suas casas e com alegria e simplicidade de coração louvavam a Deus” (At 2,46-47). A oração e a fé estavam integradas à vida diária, no convívio e no compartilhar. Que possamos fazer o mesmo em nosso lar, tornando-o um lugar onde Deus se faz presente em cada gesto e encontro.

Quando abrimos as portas do nosso lar para Deus, o ambiente se torna mais leve, o diálogo cresce e a paciência se renova. A casa deixa de ser apenas um espaço físico e se transforma num refúgio de fé, esperança e amor, onde todos se sentem acolhidos e cuidados.

Transformar nossa casa em lugar de oração não significa nos afastar do mundo, mas preparar o coração para vivermos nele com mais fé, esperança e caridade. É no silêncio de um quarto, na conversa ao redor da mesa ou mesmo nas tarefas do dia a dia que podemos nos encontrar com Deus, que está sempre próximo e deseja habitar conosco.

Sugestão Bíblica: Mt 6,6; Lc 10,38-42; At 2,46-47

Sugestão de Música: Tempo de Escutar, Com-Viver, Brilhe A Tua Luz

11.AGO A 17.AGO - ORAÇÃO - ORAÇÃO À SANTA DULCE DOS POBRES

Objetivo: Conhecer um pouco da trajetória de Irmã Dulce na terra seguindo sua missão e rezar pedindo por sua poderosa intercessão em nossa vida. 

Texto: 

Santa Dulce a mulher que viveu o Evangelho na prática. Nascida em Salvador (BA), seu nome de batismo era Maria Rita, mas quando entrou para a vida religiosa se tornou conhecida como Irmã Dulce e depois, como o “Anjo bom da Bahia”.

Desde nova, sentia um amor profundo pelos mais pobres, doentes e excluídos. Começou cuidando das pessoas nas ruas e, sem ter onde abrigá-las, chegou a usar um galinheiro no convento como enfermaria. Com o tempo, esse gesto simples se transformou em um dos maiores hospitais filantrópicos do Brasil.

Mesmo com problemas de saúde e pouca estrutura, nunca deixou de servir. Era movida por uma fé gigante e uma confiança inabalável na Providência de Deus.

Sua maior missão: Amar.

Amar no concreto, no cuidado, na escuta, no toque, na atenção a quem ninguém via.

Foi canonizada em 2019 pelo Papa Francisco, tornando-se a primeira santa nascida no Brasil, com o nome de Santa Dulce dos Pobres.

Hoje, seu exemplo nos ensina que santidade é viver o amor de forma simples, todos os dias. É enxergar Jesus no outro, principalmente nos que mais sofrem.

Que pensamos em Santa Dulce no serviço , na partilha e na vida. Que possamos enxergar o Cristo no outro assim como ela nos ensinou , e ser um grande instrumento nas mãos de Deus.

Santa Dulce dos Pobres,

ensina-nos a amar como você amou.

Sugestão de Música: Guetos, Os meninos da nova terra, Digno, Oração de São Francisco, Serviço, Projeto Absurdo.

Sugestão de Oração: 

Oração à Irmã Dulce

Senhor nosso Deus,

lembrados de vossa filha,

a santa Dulce dos Pobres,

cujo coração ardia de amor por vós e pelos irmãos,

particularmente os pobres e excluídos,

nós vos pedimos:

dai-nos idêntico amor pelos necessitados;

renovai nossa fé e nossa esperança

e concedei-nos, a exemplo desta vossa filha,

viver como irmãos,

buscando diariamente a santidade,

para sermos autênticos discípulos missionários

de vosso filho Jesus.

Amém.


04.AGO A 10.AGO - TEMA LIVRE

28.JUL A 03.AGO - COMPORTAMENTO - VOCAÇÃO COMO CAMINHO DA ESPERANÇA 

Objetivo: Refletir sobre como as nossas vocações são ferramentas para alimentar nossa esperança e perseverança. 

Texto

A vocação é um dom divino, um chamado que Deus nos faz para estarmos a serviço de suas obras, e no mês de agosto a igreja volta sua atenção para essa temática, nos convidando à  estarmos em oração e contato com a missão evangelizadora que Deus tem para cada um de nós. Para o convite que Deus nos faz, existe uma resposta humana, que deve ser dada com responsabilidade e entendimento da própria liberdade ao fazer a escolha de seguir a missão de atuar com amor em nossas comunidades e no mundo inteiro dada pelo Senhor. 

A primeira vocação que temos é à própria vida, à existência com amor e liberdade dada por Deus, depois, somos chamados à fé, pelo batismo, e nos comprometemos com os ensinamentos da fé cristã e levar o amor de Cristo ao mundo inteiro.

Além disso, existem os chamados à um determinado estado de vida, como a vocação ao matrimônio, ao sacerdócio ou à vida religiosa, em que assumimos um compromisso com a comunidade de realizar a missão que Deus nos convida através dos papéis que ocupamos a partir desse convite. 

O convite feito por Deus não é feito apenas porque há uma função que precisa ser cumprida, é algo que chega através da oração e da conexão pessoal com Cristo, para que se compreenda o que nos motiva à seguir a missão que nos é dada. A vocação é uma confirmação da nossa escolha de sermos cristãos e da confiança nos planos de Deus para nós, a partir da crença fiel de que o desejo de Jesus é que todos tenhamos uma vida plena e repleta de amor. A partir do chamado que recebemos, nos preenchemos da esperança no que Deus quer que nós realizemos e levemos ao irmão que está ao nosso lado e ao mundo em que estamos inseridos. 

Dessa forma, a partir do nosso encontro com Jesus e compreensão das nossas missões, podemos fazer disso uma esperança contínua nos caminhos que Deus nos leva e que precisamos nos colocar à serviço de alcançar os desejos de Deus para o mundo. 

Sugestão Bíblica: Gn 12, 1-2; Jr 1,4-5; Lc 1, 38; Mt 28, 18 - 20

Sugestões de Música: Todos os Sinais, Brilhe a Tua Luz, Geração, Desafio, Ouvi Deus, Vocação 

21.JUL A 27.JUL – ORAÇÃO – EXERCÍCIOS ESPIRITUAIS DE SANTO INÁCIO DE LOYOLA: ORAÇÃO INACIANA

Objetivo: refletir a profundidade da prática dos exercícios espirituais como ferramenta para transformação espiritual e crescimento no relacionamento com Deus

Texto

No dia 31 de julho a Igreja celebra Santo Inácio de Loyola, fundador da Companhia de Jesus e um conhecido santo espanhol criador dos Exercícios Espirituais. Ele traz em seu livro “Exercícios Espirituais” que: “assim como passear, caminhar e correr são exercícios corporais, da mesma maneira todos os modos de preparar a dispor a alma – para expurgar de si todas as afeições desordenadas e, uma vez eliminadas estas, buscar e encontrar a vontade divina na disposição de sua vida para a saúde de sua alma – chamam-se Exercícios Espirituais”.

Os Exercícios objetivam ser um caminho a percorrer, uma maneira vital de dispor-se inteiramente à ação do Espírito, transformando e libertando o coração dos desejos desordenados. Assim, são um convite a encontrar e realizar a vontade de Deus em quem os pratica, proporcionando um conhecimento profundo de si mesmo, em suas luzes e suas sombras, libertando de barreiras. São, também, um caminho de identificação com Jesus e com o estilo de vida dEle. Por tudo isso, o processo pode ser desafiador, pois não deixa de ser uma forma profunda e guiada de deserto, mantendo a certeza da condução divina.

Em geral, os Exercícios Espirituais (EE.EE.) são oferecidos na forma de retiros de silêncio, sempre com o acompanhamento de um orientador espiritual. É uma forma muito pessoal de oração, embora possam existir partilhas em contexto de grupo. Ela começa com a procura de um local para concentração, seguida de uma oração inicial e a leitura de um texto. Após isso, faz-se uma reflexão de forma meditativa ou contemplativa em silêncio. Essa meditação ou contemplação é feita de forma bem individual e profunda. Segundo Santo Inácio, a pessoa tem maior gosto e fruto espiritual quando ela mesma encontra alguma coisa que a esclareça ou por seu próprio raciocínio ou por iluminação da virtude divina. O objetivo é mais alcançado dessa forma do que se a história fosse muito explicada e desenvolvida por “quem dá” os exercícios. Segundo ele, “não é o muito saber que sacia e satisfaz a alma, mas o sentir e saborear internamente as coisas”. Por meditação entende-se usar o intelecto para lidar com os princípios básicos que guiam a vida. Ao ler as Escrituras, reza-se sobre palavras, imagens e ideias. Já a contemplação é mais ligada a sentimentos, fazendo uso da imaginação para nos situar em um cenário dos Evangelhos ou em uma cena proposta por Santo Inácio.

Por fim, a pessoa faz o colóquio espiritual, que é a conversa com Deus para revisar e avaliar o momento da oração e a revisão da oração.

Santo Inácio traz que esses Exercícios “devem ser aplicados conforme a disposição das pessoas que desejem recebê-los, isto é, conforme a sua idade, instrução ou talento”. Assim, podem ser realizados em retiros de 30 dias corridos, que configura a experiência completa dos EE.EE. Podem também ser realizados na forma de 30 dias em etapas – 3 etapas de 8 dias ao longo de um ano e meio. Há, também, retiros de 8 dias corridos, com a metodologia aplicada de maneira reduzida. Seguindo o mesmo princípio do anterior, podem ser feitos os exercícios de 8 dias em etapas, com a divisão em 5 finais de semana. Há, ainda, os Exercícios Espirituais na vida cotidiana (EVC), em que se recebe a matéria para rezar no dia a dia e há acompanhamento periódico.

Dessa maneira, enquanto se busca a vontade divina nessa prática, o Senhor se comunica conosco, abraçando-nos em seu amor e louvor e colocando-nos pelo caminho que que poderemos melhor O servir.

Sugestões Bíblicas: Mt 1, 18-25; Lc 2, 41-52; Lc 6, 12-19; Mt 28, 1-8

Sugestão de Dinâmicas 

Os exercícios espirituais são práticas constantes e devem ser feitos sob supervisão de um orientador. Contudo, é possível se espelhar neles e realizar a contemplação inaciana da Palavra através dos passos descritos no texto acima. Assim, sugere-se escolher uma passagem para leitura seguida de contemplação individual (instigar a contemplação imaginativa, com propósito) e possível partilha ao final.

Etapas:

1º Entro em oração: Busque um lugar tranquilo, onde possa estar sozinho e concentrado. Marque um tempo razoável para a experiência (30 minutos? Uma hora?). Separe com antecedência a matéria de oração. Em silêncio, imagine que Deus está perto e te escuta.


2º Na presença de Deus: Inicie a oração sentada, de pé ou de joelhos, como ajudar mais. Faça o sinal da Cruz. Peça ao Pai que envie o Espírito Santo, para que minhas operações, intenções e ações desejos estejam inteiramente voltados para Deus.


3º. Ler com fé a Palavra, meditar ou contemplar o que o texto anuncia e revela. Ler o texto bíblico devagar, pedacinho por pedacinho, sentindo que o Senhor está “atrás” de cada palavra. Imagine o lugar ou ambiente onde a passagem bíblica acontece e peça ao Senhor o que precisa e deseja e o que a passagem bíblica quer lhe doar. Na meditação: usa-se a memória (recordar), a inteligência (compreender e aplicar à vida) e a vontade (desejar, pedir, agradecer, louvar, adorar, amar…). Na contemplação (Mistérios da vida de Jesus): “vê-se” interiormente o Senhor, “ouve-se” o que Ele diz e quer lhe dizer e “participa-se” da cena evangélica como se presente estivesse, se atenta aos sentimentos, suas ações,  refletindo sobre em si mesmo, se colocando “na pele” dos personagens, sem pressa, pois não é preciso “terminar” o texto, mas sentir e saborear interiormente enquanto encontrar alimento interior. Não se apresse em tirar mensagens.


4º. Colóquio espiritual: Tenha o maior carinho e reverência quando falar diretamente ao Senhor. Peça, agradeça ou adore. Converse com o Senhor no seu coração, falando com seu Salvador, como quem precisa de salvação, como filho com o Pai ou um amigo com o Amigo [EE 54]. Continue atento às “moções” interiores sentidas e experimentadas. Encerre rezando o Pai Nosso, o Glória ou a Ave-Maria.


5º. Por último, a revisão da oração. Terminado o tempo de oração, examine brevemente como foi o EE, perguntando: alcancei a graça pedida? Fui fiel aos passos da oração? Tive alguma dificuldade? Como me senti? Qual sentimento predominou? Qual Palavra, frase ou imagem mais me marcou?

Ref: Núcleos Inacianos

Sugestões de Músicas:

Horto, Éfata, Brilhe a Tua Luz; Essa Luz; Pessoa da Luz

14.JUL A 20.JUL - TEMA LIVRE

7.JUL A 13.JUL - COMPORTAMENTO - OS ENSINAMENTOS DOS DISCÍPULOS DE EMAÚS PARA SUPERAR TEMPOS SOMBRIOS

Objetivo: Refletir sobre como a passagem sobre os discípulos de Emaús nos ensina a atravessar períodos difíceis em nossas vidas. 

Texto:

Lc 24,32: “Não estava ardendo o nosso coração quando ele nos falava pelo caminho?”

Na caminhada para Emaús (Lc 24,13-35), dois discípulos seguiam desanimados, mergulhados na tristeza e confusão após a morte de Jesus. No entanto, algo transformador acontece: o próprio Cristo se aproxima, caminha com eles, escuta sua dor e, aos poucos, aquece seus corações com a Palavra e com o pão partilhado.

Ele surge como um viajante comum que se junta aos dois na estrada. Seu corpo é o mesmo corpo ressuscitado, mas Lucas relata que “os olhos deles estavam impedidos de reconhecê-lo” (Lc 24,16). Assim, à primeira vista Jesus parece apenas “mais um peregrino”: caminha, pergunta, escuta e explica as Escrituras. Só depois, no gesto familiar de partir o pão, seus olhos se abrem e percebem que aquele estranho era o próprio Senhor ressuscitado, que então “desaparece da vista deles” (Lc 24,30-31). Esta grande vivência nos mostra que Cristo ressuscitado continua presente nos caminhos ordinários da vida e se deixa reconhecer na Palavra e na Eucaristia.

Quantas vezes a gente também caminha cabisbaixo, sem entender o que está acontecendo, sentindo a fé abalada, distante ou a vida pesada demais? Assim como os discípulos, podemos não reconhecer Jesus de imediato, mas Ele continua ao nosso lado, vivendo a Eucaristia e especialmente quando abrimos o coração e partilhamos o caminho com os outros.

E você, como costuma reagir quando está em um tempo difícil?

Se afasta de tudo? Se fecha? Ou busca alguém pra caminhar junto?

E quando um amigo está passando por isso, o que você faz? Escuta? Aconselha? Caminha junto?

Sugestão Bíblica: Lc 24,13-35

Sugestão de Música: Farol de Deus, Talismã, Direção, Mar de Vida.

30. JUN A 06. JUL -  ESTUDO - O EVANGELHO DA MISERICÓRDIA: UM ESTUDO SOBRE O EVANGELHO SEGUNDO SÃO LUCAS

Objetivo: Estudar como a misericórdia é apresentada no Evangelho de São Lucas e entender o que ela nos ensina sobre Deus e sobre a forma como devemos viver.

Texto:

O Evangelho segundo São Lucas é, por excelência, o Evangelho da misericórdia. Ele é o terceiro dos quatro evangelhos canônicos do Novo Testamento e é também conhecido como o Evangelho de Lucas. O Evangelista nos apresenta um Deus que se faz próximo, que acolhe, perdoa, cura e salva.  

São Lucas, segundo a tradição, nasceu na Antioquia, da Síria, de uma família pagã. Era culto e médico. Tornou-se discípulo de São Paulo, convertendo-se ao cristianismo. Escreveu o Evangelho de São Lucas e o livro Atos dos Apóstolos.

No centro da narrativa do Evangelho de Lucas está Jesus, o Salvador que se compadece dos pobres, dos doentes, dos pecadores, das mulheres marginalizadas, dos estrangeiros e de todos aqueles que eram invisíveis aos olhos do mundo. 

Em seu evangelho, Lucas prioriza os milagres realizados por Jesus, escreve Jesus ensinando por parábolas, mostra o rosto misericordioso de Deus e que a salvação é para todos e não para um povo só.  

É em Lucas que encontramos algumas das parábolas mais belas e conhecidas do Evangelho, como a parábola da ovelha perdida, da moeda perdida e, especialmente, a parábola do pai misericordioso. 

Estudar o Evangelho de Lucas é permitir-se ser tocado por essa lógica do Reino que inverte os valores do mundo: onde o último se torna o primeiro, o pecador é amado, o caído é levantado e a justiça se realiza por meio do amor. É aprender que a salvação não é apenas uma promessa futura, mas uma realidade presente que começa agora, no encontro com Jesus.

O Evangelho de São Lucas é um convite para deixar-se transformar por Jesus e, por sua graça, ser o reflexo desse amor misericordioso do Pai. Contudo, a misericórdia em Lucas não é apenas um sentimento, ela é ação concreta. Essa misericórdia é um chamado urgente para os nossos dias. Em um mundo marcado por polarizações, julgamentos, indiferença e exclusões, o Evangelho segundo São Lucas nos recorda que o caminho do seguimento de Cristo passa, necessariamente, pela misericórdia vivida e praticada. 

O verdadeiro discípulo de Jesus é aquele que sabe ver o outro com os olhos de Deus, e nessa lógica, deixa-se interpelar pela dor do outro, não necessariamente assumindo a sua dor, mas reconhecendo o sofrimento alheio e buscando formas de aliviar ou acolher essa dor. 

Também, o Movimento Escalada, convida os jovens a viverem uma espiritualidade encarnada, ou seja, não algo distante ou teórico, mas real, presente nas atitudes, nos relacionamentos e no dia a dia, sendo “fermento” no meio em que vivem. O jovem que vive o carisma do Movimento Escalada é chamado a ser apóstolo onde estiver e a transformar o mundo a partir da sua experiência pessoal com Cristo. O caminho que leva a Deus passa necessariamente pelo próximo. Que como Igreja, sejamos sempre sinal de um Deus que não desiste de ninguém, que se alegra com cada retorno de um filho seu e que faz da misericórdia a ponte entre o divino e o coração do homem. 

Sugestão Bíblica: Lc 15, 3-7; Lc 15, 11-32; Lc 10,37

Sugestão de Música: Talismã, De braços abertos, Grão de trigo, Teu amor.

Sugestão de Dinâmica: “O espelho da misericórdia”- Refletir: Será que essa misericórdia se reflete também em nós? 

Iniciar fazendo a leitura e uma breve reflexão de Lucas 15,20. Dividir em pequenos grupos, cada participante, olha brevemente, para o espelho e em silêncio, reflete: Onde a misericórdia de Deus me alcançou? O que Deus quer refletir em mim? Após a reflexão, cada participante escreve em uma folha de papel  uma atitude concreta de misericórdia que pode viver nesta semana. (Ex: perdoar alguém, visitar um doente, reconciliar-se, etc.) Quem desejar pode partilhar como se sentiu. Leitura final: Lucas 10,37. 

Materiais necessários: 01 espelho, folhas de ofício, canetas e Bíblia.


22.JUN A 29.JUN - TEMA LIVRE

16.JUN A 22.JUN - ORAÇÃO- MIGRANTES E A PASTORAL DOS MIGRANTES: UM CHAMADO À FRATERNIDADE.

Objetivo

Refletir, à luz da oração, sobre a realidade dos migrantes e o papel da Pastoral dos Migrantes como expressão concreta do chamado cristão à Fraternidade. 

Texto

Desde os primeiros séculos, a Igreja reconhece a migração como parte da história do povo de Deus. O próprio Jesus foi migrante: nasceu em um estábulo por falta de lugar, fugiu com sua família para o Egito, e viveu como peregrino. Assim, Cristo se identifica com todos os que são obrigados a partir: “Era estrangeiro, e me acolhestes” (Mt 25,35).

“A ênfase posta na sua dimensão sinodal permite à Igreja descobrir a sua natureza itinerante de povo de Deus em caminho na história, peregrinante – poderíamos dizer migrante – rumo ao Reino dos Céus”, escreve o Papa, recordando “a narração bíblica do êxodo, que apresenta o povo de Israel a caminho da Terra Prometida: uma longa viagem da escravidão para a liberdade, que prefigura a da Igreja rumo ao encontro final com o Senhor. Da mesma forma, é possível ver nos migrantes do nosso tempo, como aliás nos de todas as épocas, uma imagem viva do povo de Deus em caminho rumo à Pátria eterna. As suas viagens de esperança lembram-nos que «a cidade a que pertencemos está nos céus, de onde certamente esperamos o Salvador, o Senhor Jesus Cristo”.

A migração é uma realidade humana marcada por esperanças, desafios e dores. A cada dia, milhares de pessoas são obrigadas a deixar sua terra natal em busca de segurança e oportunidades. Diante desta realidade, a Igreja Católica se faz presente oferecendo consolo e esperança, através das ações do Serviço Pastoral dos Migrantes, que é o braço da Igreja que atua especificamente com migrantes no Brasil, promovendo acolhimento e defesa de seus direitos.

Inspirada pelo Evangelho e pela Doutrina Social da Igreja, a ação pastoral com os migrantes não é apenas um ato de caridade, mas um compromisso com a acolhida, a justiça e a dignidade humana que está acima de nacionalidade, cultura, etnia ou qualquer outra condição. Como irmãos, criados a imagem e semelhança de Deus, somos convidados a sermos sinal do Reino de Deus, onde não há exclusão, mas comunhão, solidariedade e justiça para todos.

Para o Padre Manoel Filho, o principal objetivo do trabalho com os migrantes e refugiados dentro da Igreja é: “Acolher o peregrino, ser sinal do abraço acolhedor de Jesus Cristo em um mundo que insiste em excluir. No Evangelho de Mateus, Capítulo 25, quando narra a sua volta, Jesus deixa claro que o critério que será usado conosco para o acolhimento no Reino definitivo é o da caridade: “Estive nu e me vestistes, com fome e me alimentastes, com sede e me destes de beber, doente e preso e me visitastes, peregrino e me acolhestes”. “Vinde benditos do meu Pai”.

Segundo o Papa Francisco, “o encontro com o migrante, bem como com cada irmão e irmã que passa necessidade, «é também encontro com Cristo. Foi o que Ele mesmo disse. É Ele –faminto, sedento, estrangeiro, nu, doente, preso – que bate à nossa porta, pedindo para ser acolhido e assistido». Então cada encontro ao longo do caminho constitui uma oportunidade para encontrar o Senhor, revelando-se uma ocasião rica de salvação, porque na irmã ou irmão necessitado da nossa ajuda está presente Jesus. Neste sentido, os pobres nos salvam, porque nos permitem encontrar o rosto do Senhor”.

No dia em que se comemora o Dia Nacional dos Migrantes e em todos os outros dias,  somos convocados a reafirmar nosso compromisso de sermos casa de portas abertas, sinal de fraternidade e justiça e a renovar nosso olhar de compaixão e solidariedade, reconhecendo a dignidade de cada migrante como irmão e irmã. 

Cuidar dos migrantes é responder com fé e compaixão ao que nos pede o Evangelho. Que guiados pelo exemplo de Maria, peregrina do seu povo, possamos levar aos irmãos migrantes a esperança de viverem em um lugar onde ninguém se sinta estrangeiro.

Sugestão de Música: Cruzeiro do Sul (Grupo OPA), Teimosia (Grupo OPA), Projeto Absurdo (Grupo OPA)

Sugestão Bíblica: Mt 25,35

Sugestão de Dinâmica: Gesto concreto. Organizar uma campanha comunitária de acolhida e solidariedade aos migrantes. Buscar a Pastoral do Migrante.


09.JUN A 15.JUN – COMPORTAMENTO - COMO AMAR A NÓS MESMOS E AO OUTRO INSPIRADOS PELO AMOR DE CRISTO POR NÓS?

Objetivo

Refletir sobre o amor de Cristo por nós. Um amor que conhece nossas falhas e ainda assim nos escolhe. A partir disso, pensar como temos nos amado e como temos transmitido esse amor aos outros em nossas relações.

Texto

Quando olhamos para Jesus, vemos um amor que não exige máscaras. Ele conhece cada parte de quem somos, o que mostramos e o que escondemos, e ainda assim nos ama por inteiro. Não há condição, não há troca. Cristo não nos ama porque fazemos tudo certo, mas porque somos filhos.

Mas se Ele nos ama assim, por que tantas vezes somos tão duros conosco? Por que é tão difícil aceitar nossas imperfeições, ter paciência com nossos processos, oferecer carinho a nós mesmos, nos acolher? E por que, mesmo sendo amados de forma tão plena, por vezes entregamos e aceitamos afetos tão distantes desse amor que recebemos?

Amar a si mesmo não é sobre ego, vaidade ou orgulho. É reconhecer com humildade quem somos: criaturas amadas de Deus, em processo, em construção. É cuidar do corpo, da mente e da alma como quem cuida de um dom precioso que foi confiado a si.

E a partir desse amor bem vivido dentro de nós, somos chamados a amar o outro, não de forma interesseira, mas com generosidade. Amar como Cristo amou: com presença, com escuta, com verdade.

Isso vale para todas as nossas relações: com amigos, família, cônjuge, o desconhecido... Temos levado o amor de Cristo para essas pessoas? Temos deixado que esse amor molde a forma como nos relacionamos?

Amar não é fácil. Nem a nós, nem aos outros. Mas é um caminho. E Cristo nos mostra, todos os dias, que é possível.

Que essa semana seja um convite à reconciliação com quem somos, ao cuidado com nossas feridas e à abertura para viver relações mais verdadeiras, inspiradas no único amor que é capaz de transformar tudo: o Dele.

Sugestões Bíblicas:

João 15, 9: “Como o Pai me amou, assim também eu vos amei. Permanecei no meu amor.”

1 João 4, 19-21: “Nós amamos porque Deus nos amou primeiro.”

Mateus 22, 37-39: “Amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração (...) e ao teu próximo como a ti mesmo.”

Sugestões de Músicas: Teu amor, Face a Face

Sugestões de Dinâmica: O que Cristo vê em mim? (reflexão + partilha)

Objetivo: Ajudar os alpinistas a se verem com os olhos de Cristo, reconhecendo sua identidade como filhos amados, acima de julgamentos e imperfeições.

Material: Espelho pequeno (ou imaginação), papéis e canetas.

Como fazer:

Entregue a cada pessoa um papel com a frase: "Cristo me ama porque...";

Peça que completem de forma sincera, tentando se ver como Jesus os vê: com misericórdia, verdade e amor;

Em seguida, passe um espelho pelo grupo (ou peça que cada um imagine estar se olhando num espelho) -> podem colocar o espelho dentro de uma folha ou bolsa, para o efeito surpresa;

Quem se sentir à vontade, pode ler sua frase em voz alta, partilhando o que escreveu.

Conclua dizendo que amar a si mesmo começa por reconhecer que somos amados por Deus do jeito que somos, com nossas luzes e sombras.

02.JUN A 08.JUN – ESTUDO – A IMPORTÂNCIA DO PENTECOSTES PARA NOSSA FÉ

Objetivo:

Aprofundar conhecimentos sobre o Pentecostes e compreender a relevância dele para a fé cristã.

Texto:

O Pentecostes é um dos momentos mais sublimes e transformadores da história da salvação. Celebrado cinquenta dias após a Páscoa, ele marca o cumprimento da promessa feita por Jesus de que enviaria o Espírito Santo para permanecer com os seus discípulos, guiando-os em toda a verdade (Jo 16,13). Mais do que uma celebração litúrgica, o Pentecostes é a manifestação do amor de Deus que se derrama sobre a Igreja nascente, tornando-a viva, ousada e missionária.

Na narrativa de Atos dos Apóstolos (At 2,1-13), vemos um grupo de discípulos ainda inseguros, reunidos em oração. De repente, um som como de um vento impetuoso enche toda a casa e línguas como de fogo pousam sobre cada um deles. Todos ficam cheios do Espírito Santo e começam a anunciar as maravilhas de Deus em diversas línguas. Este momento marca o nascimento da Igreja e o início da sua missão no mundo.

Pentecostes nos revela que a fé cristã não pode ser vivida apenas na intimidade e no silêncio: ela precisa ser anunciada com coragem. O Espírito Santo é aquele que transforma corações, remove o medo, inspira palavras e impulsiona ações. Ele capacita os batizados a viverem como verdadeiras testemunhas de Cristo, em todas as realidades e culturas.

Desde o Pentecostes até hoje, é o Espírito Santo sustenta e guia a Igreja. Ele age na liturgia, nos sacramentos, nos carismas, na Palavra proclamada e também no silêncio do coração orante. Os sete dons do Espírito — sabedoria, entendimento, conselho, fortaleza, ciência, piedade e temor de Deus — são infundidos em nós no Batismo e fortalecidos na Crisma, para que possamos crescer em santidade e maturidade espiritual.

Cada dom tem um papel específico em nossa vida de fé:

Sabedoria: nos faz saborear as coisas de Deus e ordenar nossa vida segundo o bem maior.

Entendimento: ilumina nossa mente para compreender o sentido profundo das verdades da fé.

Conselho: nos orienta nas decisões difíceis, nos conduzindo pelo caminho da justiça e do amor.

Fortaleza: nos dá coragem para enfrentar provações, perseguições e manter a fidelidade a Deus.

Ciência: nos ajuda a reconhecer a presença de Deus nas realidades do mundo e a distinguir o bem do mal.

Piedade: desperta em nós o amor filial por Deus e a ternura fraterna pelos irmãos.

Temor de Deus: não é medo, mas reverência, zelo e desejo de não ofender aquele que nos ama profundamente.

Além dos dons, o Espírito Santo também se manifesta com os dons carismáticos (ou efusos), voltados ao serviço da comunidade, como profecia, línguas, cura, milagres e discernimento. Esses dons são sinais de que Deus continua a agir com poder em sua Igreja, suscitando testemunhas vivas do Evangelho.

Hoje, Pentecostes é para nós um apelo contínuo à conversão do coração e à abertura à ação do Espírito. Em um mundo marcado por individualismo, indiferença e superficialidade, somos chamados a viver sob a condução do Espírito, que é fonte de unidade, comunhão, criatividade e renovação.

O Espírito Santo nos é dado para sermos missionários. Ele nos convida a sair, como Igreja em saída, e anunciar a Boa Nova com a vida, com os dons recebidos e com o testemunho de santidade.

Celebrar o Pentecostes é permitir que Deus realize em nós um novo derramamento do Espírito. É desejar, com ardor, que nossas palavras e atitudes reflitam a presença viva de Jesus. É pedir: “Vinde, Espírito Santo! Enchei os corações dos vossos fiéis e acendei neles o fogo do vosso amor!”

Sugestões de Músicas: Deus; Queima de Novo (Colo de Deus).

Sugestão Bíblica: Jo 16, At.2.


22 .MAI A 31 .MAI - ORAÇÃO - NOVENA NOSSA SENHORA DO ESCALADA

19.MAI A 25.MAI - COMPORTAMENTO - ENTENDENDO A IMPORTÂNCIA DO SIM EM NOSSA CAMINHADA DE FÉ

Objetivo

Refletir sobre a responsabilidade de aceitar os serviços para a obra de Deus e entender melhor quando devemos dizer ”sim” em nossas práticas religiosas. 

Texto

Quando fazemos a escolha de seguir a Jesus Cristo, temos a importante missão de levar sua palavra às pessoas ao nosso redor e no mundo inteiro, e também de manter viva as obras concretas de nossas comunidades. O chamado dos apóstolos se estende até os dias atuais, em que temos o compromisso de servir a Cristo através de obras de misericórdia com invisibilizados e fortalecimento da Igreja. Tendo isso em vista, é preciso pensar: qual a relevância que estamos dando aos chamados para servir a Deus? 

No momento em que somos convidados para estar presentes em ações da nossa igreja através de pastorais, de serviços durante a missa, ou até nas nossas atividades enquanto Movimento Escalada, nos deparamos com a responsabilidade de fazer algo concreto que servirá para fortalecer de alguma forma a nossa caminhada de fé. Ao dizermos “sim” para servir, seja algo momentâneo como entregar os folhetos da missa ou mais trabalhoso como participar da equipe de um encontro que leva nosso carisma a tantos jovens, estamos lidando com o propósito de elevar ao próprio Cristo as nossas ações, para que o nome Dele cresça através do que fazemos. 

Entendendo que aceitar a proposta de servir a Deus vem acompanhada de desafios e complicações, é preciso estar em busca de um fortalecimento da fé e da compreensão de que a intenção daquela missão é para o engrandecimento da obra de Deus. A partir disso, devemos observar quais são os momentos em que estamos dizendo “sim”, se estamos conscientes da importância deles e o quanto precisamos estar presentes e perseverantes na fé para executá-los. 

Sugestão Bíblica: At, 20:35; Gálatas, 1:10; Mc, 10: 42-45.  

Sugestão de Música: Serviço, Vocação, Enquanto há Deus há missão, Jeito de Viver, Desafio, Pra quem eu sou, Amor em Movimento, Todos os Sinais, Entrega




12.MAI A 18.MAI - TEMA LIVRE



05.MAI A 11.MAI - ESTUDO - CONHECENDO A DOUTRINA SOCIAL DA IGREJA

Objetivo

Entender do que se trata e qual a importância da Doutrina Social da Igreja.

Texto

A Doutrina Social da Igreja é um compilado de ensinamentos encontrados em encíclicas, constituições apostólicas e na própria Bíblia.

Como o próprio nome indica, se trata da doutrina da Igreja acerca dos aspectos sociais. É a Igreja cumprindo seu papel de ser sal da terra e luz do mundo denunciando de forma profética as injustiças sociais e apresentando diretrizes para uma vivência em comunidade de modo a refletir os valores do Reino de Deus.

Ao contrário do que muitos ensinam, a Igreja não traz uma perspectiva partidária política, nem se propõe a criar um novo sistema econômico ou social, seu objetivo é apontar caminhos para uma sociedade mais justa, à luz dos ensinamentos de Jesus.

Alguns documentos são muito importantes para essa compreensão:

A encíclica Rerum Novarum, por exemplo, escrita pelo papa Leão XIII, em defesa dos direitos dos trabalhadores, abordando as condições dos operários na era da industrialização, buscando ainda proclamar a justiça social como um princípio fundamental, norteando as relações.

Outro documento importante para a DSI é a encíclica Quadragesimo Anno, do Papa Pio XI, que fala da necessidade de uma restauração da economia que parta não da luta de classes, mas da cooperação entre as classes.

Também a Centesimus Annus trata de questões semelhantes. Escrita por São João Paulo II, a encíclica traz a relevância da propriedade privada para a sociedade, ao tempo em que também condena o lucro desenfreado.

Não podemos deixar de lembrar da Laudato Si’, do Papa Francisco, que trata da necessidade de cuidado para com a Casa Comum.

A Doutrina Social da Igreja é de uma grande riqueza para a sociedade e conhecê-la é um primeiro passo para a transformação de um mundo mais justo

Sugestões de Músicas: Novo Tempo, Claridade, Milhões

28.ABR A 04.MAI - COMPORTAMENTO - JESUS ACOLHEU A TODOS, E NÓS? 

Objetivo 

Fazer uma reflexão sobre como Jesus acolheu todas as pessoas sem distinção alguma em seu período e como ele abraçava TODOS e como nós, cristãos devemos seguir esse exemplo e principalmente, a diversidade em todas as suas dimensões: Pessoas LGBTQIAPN+, Pessoas Negras, Pessoas com Deficiência, Pessoas Neurodivergentes (autistas, TDAH, TAG, Depressão) e pessoas com diferenças socioeconômicas. 

Texto 

A palavra diversidade vem do latim diversitas, atis, que significa variedade, diferença, mudança. Essa pluralidade se manifesta em diversas dimensões: socioeconômica, racial, neurodivergente e de deficiência. Todos nós somos plurais. Essa realidade já estava presente na Bíblia, onde pessoas de diferentes regiões tinham formas distintas de pensar e agir. O próprio Jesus fez parte dessa diversidade, pois desafiava o governo e a religião estabelecida pelos fariseus da época. 

Jesus veio ao mundo com a missão de nos salvar espiritualmente e, em sua jornada, se aproximou de todas as pessoas, sem distinção. Ele caminhava ao lado de pecadores, prostitutas, leprosos, pessoas com deficiência e todos aqueles que eram marginalizados e excluídos pela sociedade. Se Jesus conseguiu acolher a todos, olhando para suas almas com amor e compaixão, por que ainda fazemos distinções, julgamos e afastamos nossos irmãos? Seu convite sempre foi claro: 

“Vinde a mim, todos vós que estais cansados e oprimidos, e eu vos aliviarei.” (Mt 11,28) 

O acolhimento é um princípio cristão, instituído pelo próprio Jesus, que em toda a sua trajetória olhou para o coração das pessoas, enxergando nelas o desejo de serem salvas e amadas. Hoje, como Igreja, somos chamados a continuar essa missão, sem exceção. A diversidade faz parte do plano divino. Se Deus, Pai bondoso e misericordioso, nos criou diversos, como poderíamos negar o amor e o acolhimento uns aos outros? Acolher pessoas diversas não significa abrir mão dos princípios cristãos, mas vivê-los em sua essência mais profunda: o amor incondicional, a dignidade da pessoa humana e a justiça. Como afirmou o Papa Francisco: 

“A Igreja não é um refúgio para pessoas perfeitas, mas para os pecadores que querem encontrar misericórdia.” (Evangelii Gaudium, 47) 

O padre Luís Corrêa de Lima, jesuíta e historiador, ao falar sobre a homossexualidade na história da Igreja, lembra que a sexualidade não é uma escolha, mas parte da identidade de cada um desde o nascimento. Muitos testemunhos relatam as dificuldades e preconceitos enfrentados por pessoas LGBTQIAPN+, mostrando que sua existência não é um erro, mas uma realidade dada por Deus.

A diversidade é vasta e não podemos presumir que todos ao nosso redor compartilham das mesmas oportunidades. O que foi fácil para um pode ter sido extremamente difícil para outro. Pessoas negras, quando não estão bem vestidas, muitas vezes carregam olhares desconfiados ao entrarem em certos espaços e se perguntam: “Eu deveria estar aqui?” Pessoas com deficiência enfrentam barreiras diárias, inclusive a falta de acessibilidade dentro das próprias igrejas. 

Nosso compromisso, como cristãos e como Igreja, deve ir além das palavras. Precisamos construir comunidades verdadeiramente acolhedoras, onde pessoas LGBTQIAPN+, negras, indígenas, neurodivergentes, pessoas com deficiência e aquelas em vulnerabilidade econômica sejam tratadas como Jesus nos ensinou: com respeito e amor. 

Se Jesus acolheu a todos, por que nós não? 

Sugestões Bíblicas: 

Mateus 25,35-40 – "Porque tive fome, e me destes de comer; tive sede, e me destes de beber; era estrangeiro, e me acolhestes." 

Gálatas 3,28 – "Não há judeu nem grego; não há escravo nem livre; não há homem nem mulher; porque todos vós sois um em Cristo Jesus." 

Lucas 14,13-14 – "Mas, quando deres um banquete, convida os pobres, os aleijados, os coxos e os cegos; e serás bem-aventurado, porque eles não têm com que te retribuir." 

Observação: ao utilizar a passagem de Lucas, tenham cuidado com as palavras coxo e aleijados, porque são palavras não mais utilizadas no vocabulário e que são erradas de serem utilizadas. 

Exemplos Práticos 

São Francisco de Assis – Considerado um dos santos mais inclusivos, São Francisco se dedicou aos pobres, leprosos e marginalizados. Ele enxergava a dignidade em todas as pessoas e chamava todos de "irmãos", independentemente de sua condição social. 

Diversidade Cristã – Grupo de Pessoas Diversas (com um foco maior em pessoas LGBTQIAPN+) que existe na Paróquia Ascensão do Senhor, onde todas as pessoas são bem vindas, para ouvir os momentos de partilha, aprender, como também compartilhar e se sentir bem-vindo tanto no grupo quanto na paróquia 

São Martinho de Lima – Filho de uma ex-escravizada e de um espanhol, Martinho sofreu preconceito, mas se dedicou ao cuidado dos doentes e marginalizados, especialmente indígenas e negros.

Santa Dulce dos Pobres – O "Anjo Bom da Bahia" acolheu pessoas em situação de rua, doentes e abandonados. Seu amor pelos excluídos é um exemplo de como a Igreja deve estar próxima dos que mais sofrem. 

Obras Lumen – É uma comunidade que acolhe pessoas em situação de rua, oferecendo abrigo, apoio social e evangelização. 

Irmã Jeannine Gramick e o Ministério New Ways – A Irmã Jeannine Gramick é uma freira católica que, desde os anos 1970, tem trabalhado no acolhimento de pessoas LGBTQIAPN+ dentro da Igreja. Ela cofundou o New Ways Ministry, uma organização católica dedicada à inclusão de fiéis LGBTQIAPN+, promovendo diálogo e acolhida pastoral. 

Dom Manuel Clemente, Cardeal-Patriarca de Lisboa – O cardeal português Dom Manuel Clemente defende que a Igreja deve "acolher a todos com misericórdia", inclusive pessoas LGBTQIAPN+. Em sua participação no Sínodo dos Jovens (2018), ele enfatizou que ninguém deve se sentir excluído da fé católica por causa de sua identidade ou orientação sexual. 

Papa Francisco – Seu pontificado tem sido marcado pelo acolhimento de todas as pessoas. Ele já disse frases como: 

"Quem sou eu para julgar?" (sobre pessoas LGBTQIAPN+) 

"Cada ser humano tem o direito de viver com dignidade e de se desenvolver integralmente" (Fratelli Tutti, 107)

● Criou um departamento dentro do Vaticano para garantir maior inclusão e acolhimento às pessoas com deficiência. 

Sugestões de Dinâmicas: 

  • “O olhar de Jesus”: Com uma distribuição de cartões com perfis diversos (exemplos: uma pessoa trans participando pela primeira vez do Encontro do Escalada, uma pessoa cega participando pela primeira vez de algo dentro das paróquias, uma pessoa com dificuldade socioeconômica querendo participar do Movimento Escalada). Cada participante deve refletir e responder “Como Jesus acolheria essa pessoa dentro do Movimento, na paróquia, na vida? E como eu posso acolher essas pessoas?”

  • Espaço de partilha onde as pessoas possam falar sobre momentos em que se sentiram acolhidos ou excluídos na Igreja ou em pastorais e movimentos. 

Sugestões de Músicas: Identidade, Braço Forte, Ser Cristão, Projeto Absurdo (Grupo Opa), Todos Nós (Grupo Opa), Seu Nome é Jesus Cristo 

Sugestões de Oração:  Oração de São Francisco 

Referências Utilizadas: Youcat | Páginas 202/203, Docat | Páginas 214/215, Evangelii Gaudium, 47, https://www.ihu.unisinos.br/648375-homossexuais-no-sacerdocio-portas-entr eabertas-artigo-de-luis-correa-lima#:~:text=Assim%20como%20em%20outra s%20%C3%A1reas,%2C%2003%2D02%2D2025

21.ABR A 27.ABR - ORAÇÃO - EUCARISTIA: O ENSINAMENTO DEIXADO POR JESUS ANTES DA RESSURREIÇÃO

Objetivo

Em oração, pensar sobre a importância da eucaristia em nossas vidas, como ela pode aprofundar nossa relação com Jesus e nos lembrar Sua vida.

Texto

A Eucaristia é um sacramento profundamente significativo, pois, ao ser instituída por Jesus, ela antecipa seu sacrifício na cruz e a vitória da ressurreição. Nesse contexto, Jesus se revela como o verdadeiro cordeiro imolado, um plano divino que remonta à fundação do mundo. Por meio da Eucaristia, Ele expressa o sentido salvífico de sua morte e ressurreição, mostrando como Sua morte tornou-se um ato supremo de amor e libertação para a humanidade.

Após a consagração, quando o sacerdote exclama “Mistério da fé!”, proclama o mistério celebrado e manifesta o seu encantamento diante da conversão substancial do pão e do vinho no corpo e no sangue do Senhor Jesus, realidade esta que ultrapassa toda a compreensão humana. A Eucaristia é, portanto, o “mistério da fé” por excelência, e a fé da Igreja é essencialmente ligada a ela, sendo alimentada de maneira especial na mesa eucarística.

A relação entre fé e sacramentos é fundamental na vida da Igreja. A fé, que é despertada pela palavra de Deus, se fortalece por meio da graça que encontramos nos sacramentos. O rito e a fé se complementam, com a Eucaristia ocupando o lugar central na vida eclesial. Quanto mais viva for a fé eucarística entre os fiéis, mais profunda será sua participação na missão de Cristo. 

“Toda a grande reforma está, de algum modo, ligada à redescoberta da fé na presença eucarística do Senhor no meio do seu povo”. (Sacramentum caritatis)

Sugestão de Leitura: João 6, 47-58 | Mateus 26, 26-29 | 1 Coríntios: 11, 23-26

Sugestão de Música: Sacramento da comunhão, Mar de vida, Unidade e Banquete Pascal, Sintonia

Sugestão de Oração: Leitura orante (Lc 24, 13-35) | Oração ao coração de Jesus na eucaristia | Oração a Jesus sacramentado | Oração a Nossa Senhora do Santíssimo Sacramento.

14.ABR A 20.ABR -  TEMA LIVRE - SEMANA SANTA - INCENTIVAR PARTICIPAÇÃO NAS ATIVIDADES PAROQUIAIS

07.ABR A 13.ABR -  ESTUDO - ECOLOGIA INTEGRAL - AMBIENTAL, SOCIAL, ESPIRITUAL

Objetivo: Aprofundar o conhecimento sobre o tema da campanha da fraternidade 2025 e propor uma reflexão sobre a nossa participação no cuidado com a criação de Deus.

Texto:  

A Campanha da Fraternidade tem como base alguns objetivos a serem refletidos e trabalhados durante o período quaresmal. Possuindo a Quaresma três pilares (oração, penitência e caridade), a CF se baseia no princípio da caridade, sempre trazendo à Igreja no Brasil uma temática que se relaciona com o cuidado para com o outro, refletindo a dimensão social do Evangelho.

Esse ano, a Igreja nos propõe refletir acerca da Ecologia Integral, ou seja, o cuidado para com a nossa Casa Comum, a Criação entregue por Deus aos nossos cuidados.  

A Ecologia Integral é uma questão importante para nós, cristãos, por duas razões essenciais. A primeira, é o fato da Criação não se tratar de uma propriedade humana, mas um bem em si mesma, criado por Deus. A Natureza possui uma dignidade própria, tendo Deus dito que "tudo que fez era bom", como podemos ler em Gênesis 1. Devastar a Criação é um ato de violência para com um presente de Deus.

A Bíblia nos ensina que a Criação espera pela manifestação dos filhos de Deus, (Romanos 8, 19-24), ou seja, é uma missão para nós, batizados, refletirmos a vontade de Deus em relação à Natureza e cuidar dela como fiéis administradores de bens que não nos pertencem.

A Criação é tão querida por Deus, que Ele se chega até nós através dela mesma. Jesus veio ao mundo se encarnando no seio de Maria, utilizou-se de todos os bens criados, assim como nós, teve fome, sede, sono, etc. Além do mais, Ele vem até nós pelos sacramentos de forma totalmente relacionada com a Criação. Nos entrega o Espírito através da água, da imposição de mãos do óleo e, principalmente, nos entrega seu Corpo e Sangue através de Pão e Vinho. 

A outra questão, se relaciona com o outro, considerando que a devastação da Natureza atinge diretamente bilhões de seres humanos ao redor do mundo. Os problemas ecológicos afetam a saúde, alimentação, moradia e qualidade de vida das pessoas, ignorar a questão climática é ignorar nosso dever de caridade para com o próximo, que é nosso irmão.

O Papa Francisco nos ensina na encíclica Laudato Si', que trata da questão ecológica, que a missão dos cristãos, ao lado de todas as pessoas de boa vontade ao redor do mundo, independentemente de suas crenças, é pelo cuidado para com a Casa Comum, tanto em sentido individual, mas, principalmente, em sentido coletivo e político.

O papa denuncia que vivemos em um sistema de exploração que se trata de um pecado contra Deus. Um sistema que sacrifica a vida de bilhões para o lucro desenfreado de tão poucos.

Dessa forma, há duas frentes que precisamos assumir enquanto discípulos de Jesus em relação à questão ecológica. A primeira se trata das atitudes individuais, o cuidado diário com a Natureza através de ações como reciclagem, diminuição do consumo desenfreado, reaproveitamento de bens, etc.

No entanto, o papa também nos alerta para as atitudes coletivas, tendo nós a consciência de que, enquanto o sistema econômico atual existir, será impossível uma relação cristã com a Criação.

É necessário também o nosso papel pressionando as autoridades, escolhendo sabiamente nosso voto, engajando-se em grupos organizados que lutem pela causa ecológica e tomando atitudes conscientes para idealizar e concretizar um mundo mais justo, que reflita os valores do Reino de Deus, e não os valores do amor ao dinheiro.

A questão ecológica também está totalmente relacionada com a Cruz do Ser Pessoa, na nossa relação com o outro, que deve estar ao nosso lado, para que possamos lutar para que todos tenha acesso à água potável, à moradia, para que o descarte incorreto do lixo não lhes traga doenças, para que não morram de fome, para que não se desloquem de suas casas em razão do aumento do nível do mar e tantas outras desgraças que ocorrem a bilhões de pessoas feitas à imagem de Deus.

Também está na nossa relação com as coisas do mundo, que não devem ser colocadas acima do outro, nem de nós mesmos e nem do próprio Deus. Para isso, devemos cuidar da Criação como um presente dado pelo Pai e entendendo que todos os recursos existentes devem ser utilizados para a sobrevivência com dignidade de todos os seres humanos.

Sugestão Bíblica: Gn 1:31, Salmo 19:1, Gênesis 1:28, Salmo 104:24-25

Sugestão de dinâmica: Propor uma ação concreta de solidariedade e/ou um gesto ecológico e sustentável.

Exemplos:

  • Promover mutirões de limpeza em praças, rios e ruas do bairro.

  • Incentivar o uso consciente da água, energia e a separação de lixo em casa e na comunidade.

Sugestão de Músicas: Salve a Natureza Humana - Grupo OPA; Terra Molhada; Vem da Terra; Todos Nós.

Sugestão de Leitura:

31.MAR A 06.ABR -  COMPORTAMENTO  -  COMO VIVER BEM A CONFISSÃO À LUZ DA CRUZ DO SER PESSOA 


Objetivo: Refletir sobre como podemos ter uma reconciliação sincera com Cristo a partir das vertentes do nosso carisma presentes na Cruz do Ser Pessoa. 

Texto:

PARTE I - As tentações do nosso dia a dia 

Mateus 4,1-11 – A Tentação de Jesus no Deserto 

1 Então Jesus foi conduzido pelo Espírito ao deserto, para ser tentado pelo diabo. 

2 Jejuou quarenta dias e quarenta noites, e, por fim, teve fome. 

3 O tentador aproximou-se e disse-lhe: "Se és Filho de Deus, manda que estas pedras se transformem em pães." 

4 Mas Jesus respondeu: "Está escrito: ‘Não só de pão vive o homem, mas de toda palavra que sai da boca de Deus.’" 

5 Então o diabo o levou à Cidade Santa, colocou-o sobre o pináculo do templo 6 e disse-lhe: "Se és Filho de Deus, lança-te daqui abaixo, pois está escrito: ‘Ele dará ordens a seus anjos a teu respeito, e eles te carregarão nas mãos, para que não tropeces em alguma pedra.’" 

7 Jesus respondeu-lhe: "Também está escrito: ‘Não tentarás o Senhor, teu Deus.’" 

8 Novamente, o diabo levou-o a um monte muito alto, mostrou-lhe todos os reinos do mundo e a sua glória, 

9 e disse-lhe: "Eu te darei tudo isso, se, prostrando-te, me adorares." 

10 Então Jesus lhe disse: "Vai-te embora, Satanás! Pois está escrito: ‘Ao Senhor, teu Deus, adorarás, e só a Ele prestarás culto.’" 

11 Com isso, o diabo o deixou, e os anjos se aproximaram e o serviram. 

Estamos vivendo o período quaresmal do ano de 2025, período este que revivemos o caminho até a cruz de Cristo. Este é um período de profunda oração e devoção ao Sagrado Coração de Jesus, no qual, pedimos para que estejamos sempre unidos, lado a lado com ele. 

E por estarmos em profunda união e devoção com Ele, neste período, a força do mal também nos desafia. Talvez de formas que nem percebemos e que acabamos nos afastando do nosso norte: Jesus Cristo. 

Por exemplo, na passagem Mateus 4,1-11 acima, podemos ver 3 tentações diretas com o nosso dia a dia. 

Prazer – O diabo sugere que Jesus transforme pedras em pão, simbolizando a busca pelo conforto imediato. Mas Jesus ensina que a verdadeira satisfação vem de Deus. 

Poder – Satanás pede que Ele se jogue do templo para provar sua grandeza. Jesus rejeita o orgulho e mostra que a confiança em Deus é suficiente.


Posse – O inimigo oferece todos os reinos do mundo em troca de adoração. Jesus reafirma que só Deus merece nossa entrega total. 

Quantas vezes buscamos o conforto imediato? Quantas vezes queremos mostrar nosso poder e vaidade? Quantas vezes estamos mais preocupados em ter do que em ser? 

PARTE II - A confissão é um caminho de liberdade 

É importante que reconheçamos isto para Deus, e que não guardemos apenas os arrependimentos de sermos assim, nos nossos corações. Existe um lugar em que este peso dos nossos erros pode ser dividido e curado com Jesus: O Sacramento da Confissão. 

“Ali permitimos ao Senhor que destrua os nossos pecados, sare o nosso coração, nos levante e abrace, nos faça conhecer o seu rosto terno e compassivo. Na verdade, não há modo melhor de conhecer a Deus do que deixar-se reconciliar por Ele, saboreando o seu perdão. Por isso, não renunciemos à Confissão, mas descubramos a beleza do Sacramento da cura e da alegria, a beleza do perdão dos pecados.” Papa Francisco, Bula de convocação do Jubileu de 2025. 

Sabemos que para se preparar bem para uma confissão, devemos avaliar a nossa consciência, entretanto, em primeiro lugar, devemos nos reconhecer enquanto Alpinistas e nos lembrar de um tesouro que nos foi apresentado: a cruz do Ser Pessoa. 

No perfeito equilíbrio da cruz do Ser Pessoa, podemos refletir sobre “onde a minha cabeça está quando a minha cruz não está equilibrada?”. 

Eu com Deus: Dirijo-me a Deus somente em caso de necessidade? Participo da Missa dominical e nos dias de preceito? Começo e termino o meu dia com a oração? Invoquei em vão o nome de Deus e de Maria? Envergonho-me de me apresentar como cristão? O que faço para crescer espiritualmente, como e quando o faço? Revolto-me diante dos desígnios de Deus? Pretendo que seja Ele a cumprir a minha vontade? 

Eu com o outro: Sei perdoar, partilhar, ajudar o próximo? Julgo sem piedade, tanto em pensamento quanto com palavras? Caluniei, roubei ou desprezei os meus irmãos? Sou invejoso ou parcial? Ajudo os pobres e os doentes? Sou honesto e justo com todos ou alimento a "cultura do descartável"? Instiguei os outros a fazer o mal? Honro e respeito os meus pais? Desperdicei o dom da vida? Respeito o ambiente? 

Eu comigo: Sou um pouco mundano e pouco crente? Exagero em comer, beber, fumar e divertir-me? Preocupo-me em excesso com os bens materiais? Como uso o meu tempo? Sou preguiçoso? Procuro sempre servir? Amo e cultivo a pureza de coração, de pensamentos e de ações? Nutro vinganças, alimento rancores? Sou manso, humilde, construtor de paz? 

PARTE III - Deserto e coragem 

Realizar o deserto sobre o equilíbrio da sua cruz pode ser uma experiência de encontrar onde ficam as dores da sua alma e ter coragem de se colocar à disposição de Jesus em confissão demonstra a mais profunda humildade de se admitir frágil, pequena e pecadora diante do Nosso Senhor Jesus Cristo e de tudo que ele pode transformar em nós.

E para aqueles que confessam, lembrem-se sempre da fala do Papa Francisco no livro “Quem sou eu para julgar?”: "Os confessores que não têm essa atitude do pai do filho pródigo caem num perigo: o de serem tão rigorosos quanto os laxistas. Nenhum dos dois entende a misericórdia de Deus." 

Ele alerta que o padre, ao ouvir a confissão, deve ser um instrumento da misericórdia divina, e não um juiz severo ou alguém indiferente. Para o Papa Francisco, a confissão é um encontro com o amor e o perdão de Deus, e os sacerdotes precisam estar prontos para acolher os fiéis com essa mesma misericórdia. Caso contrário, não deveriam se dirigir para confessar naquele momento. 


Sugestão de Dinâmica: Deserto individual sobre equilíbrio da cruz do Ser Pessoa 

Sugestão de Músicas: Eu e o mundo, Flor do Perdão, Perdão (Pelo que não faço), Farol de Deus.



24.MAR A 30.MAR - COMPORTAMENTO – MISERICÓRDIA COM OS INVISIBILIZADOS


Objetivo

Nos convoca a refletir sobre nossa responsabilidade como cristãos frente ao outro que está ao nosso lado em situação de vulnerabilidade social. 

Texto

A palavra Misericórdia vem do latim Misere (miséria) + cordis (coração). Analisando a partir de sua origem, agir com misericórdia seria portanto ter o nosso coração sentindo a causa do pobre.

Apesar de muitas vezes o senso comum nos levar a interpretá-la como “sentimento de pena para com o outro”, a misericórdia no contexto bíblico e católico é certamente muito mais do que isso. O misericordioso é aquele que está atento à infelicidade, à dor ou ao mal sofrido por outra pessoa, e a partir disso, motiva em si mesmo um impulso altruísta, um desejo de mudança. A misericórdia está diretamente ligada a um compromisso ativo com a justiça e a defesa dos marginalizados.

Porém, enquanto a justiça pura e simples prega que as consequências das ações sejam aplicadas de forma proporcional, a misericórdia propõe a oferta do perdão. O misericordioso busca perdoar e aliviar o sofrimento do seu irmão, mesmo nas situações em que a justiça poderia exigir punição.

Salmos 103:8-11 

“O Senhor é misericordioso e compassivo; longânimo e assaz benigno. Não repreende perpetuamente, nem conserva para sempre a sua ira. Não nos trata segundo os nossos pecados, nem nos retribui consoante as nossas iniquidades".

Vemos essa dualidade entre justiça x misericórdia, presente na bíblia, onde somos apresentados a um Deus que é justo, mas também cheio de misericórdia. E o que isso nos ensina? Que embora a justiça seja importante, a misericórdia deve prevalecer.

Lucas 6:36-38 

"Tenham misericórdia dos outros, assim como o Pai de vocês tem misericórdia de vocês. Não julguem os outros, e Deus não julgará vocês. Perdoem os outros, e Deus perdoará vocês".

Jesus Cristo é o nosso maior exemplo de misericórdia. Podemos lembrar da Cura aos Leprosos (Mateus 8: 2-4, Marcos 1: 40-44), ao tocar um homem leproso e restaurou sua saúde, dignidade e reintegração a sociedade na época. A multiplicação dos pães e peixes (Marcos 6: 30-44), ao ver uma grande multidão com fome teve compaixão daquelas pessoas. 

E o bom samaritano (Lucas 10: 25-37), quando um homem é atacado por ladrões e é deixado quase morto na estrada. Então, um samaritano que era considerado inimigo dos judeus, o ajuda e cuida das suas feridas. Nos mostrando que a misericórdia é para todos independente da origem ou condição social.

Esses e outros exemplos refletem como Jesus em sua eterna compaixão e amor ao próximo curava e acolhia a todos e principalmente os mais necessitados e invisibilizados ao seu redor.

Quando se trata das populações invisibilizadas, como moradores de rua, pessoas em situação de vulnerabilidade social e aqueles que sofrem com a exclusão e o abandono, somos convidados a uma missão ainda mais importante, pois para agirmos com misericórdia bíblica, precisamos superar um primeiro desafio que é enxergá-los. Enxergá-los como pessoas, como irmãos, como iguais a nós. Enxergá-los para além dos seus pecados. Enxergá-los com o coração, com o amor que Jesus nos ensinou. Somente dessa forma a nossa resposta de misericórdia será capaz de ir além de fornecer esmolas, se torna um motor para a ação social e a transformação comunitária.

Sugestão Bíblica: (Mt 9,12 -13).

Sugestão de Música:  Os meninos da nova terra



17.MAR A 23.MAR – ORAÇÃO – ORAÇÃO E DEVOÇÃO A SÃO JOSÉ

Objetivo

Identificar, em oração, aspectos da vida de São José que possam ser valiosos para a nossa, e encontrar maneiras de pedirmos por sua intercessão.

Devoção a São José

São José é conhecido como pai terreno, ou putativo, de Jesus Cristo e esposo da Virgem Maria, guardião das famílias.  Ao receber a notícia de que Maria estava grávida, sem que ele tivesse tido qualquer participação na concepção, ficou pertubado e foi através de suas orações que recebeu a resposta de que aquela gestação era fruto do Espírito Santo, sendo um grande exemplo para nós de obediência e fé.

A devoção a São José é uma das mais fortes e bonitas, pois se trata do pai do Filho de Deus. Ser seu devoto não está apenas ligado a realizar as suas orações, mas também ter uma dedicação diária a fim de estar cada vez mais próximo dele. 

Trata-se de uma devoção que nos auxilia a equilibrar nossa cruz do ser pessoa, por conta das virtudes que ela nos apresenta: humildade, Deus no topo de nossa cruz, perdão, nos colocando lado a lado com o outro e o desprendimento, que faz com que não fiquemos presos às coisas do mundo.

Portanto, ao pedirmos a intercessão de São José temos que ser uma pessoa em oração, pois sua devoção traz um estilo de vida de desapego e adoração a Deus. Ele aceitou o pedido do Criador para cuidar de seu precioso tesouro: Seu Primogênito.

Santa Teresa de Ávila, a primeira doutora da Igreja, disse: “Quem não achar mestre que lhe ensine a orar, tome São José por mestre e não errará o caminho”. E declarava que: em todas as suas festas lhe fazia um pedido e que nunca deixou de ser atendida. Ensinava ainda que cada santo nos socorre em uma determinada necessidade, mas que São José nos socorre em todas.

Existem diversas formas de exercer a devoção a São José, como por exemplo os 7 domingos em honra a São José, O cordão de São José, Novena do manto sagrado a São José, Consagração a São José, São José dormindo e terço de São José.

São José é exemplo aos trabalhadores, na família, à vida religiosa e ser devoto dele é ser íntimo de Deus, desejar ser sempre obediente,  fiel, orante e crescer nas suas virtudes. Muitas coisas podem nos afastar dessa devoção, como tudo aquilo que atenta contra a paternidade, pureza e o que não favorece a virtude da castidade. Sigamos o exemplo de São José como norte para subir a montanha e descer para melhor servir.

Sugestão Bíblica: Mateus 1, 18-25; Mateus 2, 13-23.

Sugestão de Músicas: José (grupo OPA), Valei-me São José (Ricardo Sá); Pai de Jesus - São José (OPA).

Sugestão de Dinâmica: tendo em vista que é um tema voltado à oração, a condução pode escolher uma Oração por intercessão de São José (vide sugestão de Oração), e meditar por meio de uma Leitura orante. Para tanto, se recomenda diminuir a luz do ambiente para auxiliar na concentração, estimular posição confortável e com música ambiente.

Sugestão de Oração: Terço de São José; Ladainha a São José; Bendito sejas São José; Oração a São José (São Pio X); Novena de São José; São José dormindo(pedidos aos pés de São José).




10.MAR A 16.MAR - TEMA LIVRE

03.MAR A 09.MAR - ESTUDO – QUARESMA – UM TEMPO DE APROFUNDAMENTO PARA OLHAR COM CUIDADO  A CRIAÇÃO

Objetivo

Aprofundar o conhecimento sobre o período da quaresma e motivar os alpinistas a exercerem seus pilares (jejum, oração e penitência), louvando pela beleza da criação. 

Quaresma

Ao longo desses dias, começamos a nos preparar para a festa mais importante do calendário litúrgico cristão: a Páscoa. Essa preparação é o que caracteriza o tempo da Quaresma, um período de 40 dias em que somos convidados a fazer uma revisão de nossas vidas e vivenciarmos fortemente o Evangelho. Pautados nos pilares da oração, jejum e esmola, viveremos um tempo de conversão ao Senhor e ao que Ele quer de nossa vida no mundo, buscando, também, o perdão dos pecados. Como traz o Papa Francisco, a igreja nos convida a “preparar os nossos corações e a abrir-nos à graça de Deus para podermos celebrar com grande alegria o triunfo pascal de Cristo, o Senhor, sobre o pecado e a morte”. Em especial, com o ano jubilar, peregrinamos juntos para exercitar fortemente o nosso carisma no tempo quaresmal. 

A quaresma é também tempo especial para que possamos descobrir o sentido do sofrimento e da morte do senhor, assim como entender melhor a maldade e crueldade do pecado grave, redescobrindo a grandeza do amor de Deus por nós. A Quaresma é um tempo litúrgico, de graça e santificação. Não é um tempo de tristeza e sim favorável à oração, aprofundamento e renovação da vida cristã.  Para bem vivermos o período quaresmal é importante praticar o jejum, a penitência e a caridade. Atos que nos ajudam a  colocar Deus na parte de cima da Cruz do Ser Pessoa. O jejum nos ajuda a refletir e a vencer tudo aquilo que está em excesso em novas vidas e retira nosso olhar para Deus, como o uso exagerado de redes sociais, jogos online, alimentos não saudáveis e hábitos que nos afastam da oração. O jejum poderá nos ajudar a substituir um hábito por um momento de oração e conexão por Deus, por exemplo.

A penitência é um sacramento que a igreja nos proporciona para que estejamos mais perto de Deus. Temos a oportunidade mais forte neste tempo de curarmos nosso coração da mancha do pecado, da falta de perdão e de rezar para aprofundar nossa relação com o divino, fortalecer a nossa fé e a equilibrar nossa cruz. A caridade é a ação do amor de Deus através de nós, é o que move nossa alma para acolher o próximo. A caridade pode ser exercida de muitas maneiras desde alimentar o próximo que não tem a comida até acolher pessoas tristes, desesperançosas, perdoar e ter o coração movido pelo Espírito Santo e pela compaixão. Em 2025, O Papa Francisco nos convida a caminhar juntos na esperança, para que o tempo quaresmal seja também de graça e transformação “caminharemos juntos  na esperança”. 

A cada ano a igreja do Brasil (CNBB) escolhe um tema e um lema para a campanha da fraternidade no período quaresmal e em 2025 foi escolhido o tema Fraternidade e Ecologia Integral e o lema: “Deus viu que tudo era muito bom” (Gn 1,31). Com o objetivo de “promover, em espírito quaresmal e em tempos de urgente crise socioambiental, um processo de conversão integral, ouvindo o grito dos pobres e da Terra”. 

O tema foi escolhido principalmente devido a eventos marcantes de 2025, como os 800 anos do Cântico das Criaturas, de São Francisco de Assis, e os 10 anos da encíclica Laudato Si’, do Papa Francisco.

Para nós, a Ecologia Integral é também espiritual. Professamos com alegria e gratidão que Deus criou tudo com seu olhar amoroso. Todos os elementos materiais são bons, se orientados para a salvação dos seres humanos e de todas as criaturas. Assim, “Deus viu que tudo era muito bom!

Nós como católicos devemos adotar postura ativa para as necessidades da natureza, afinal a omissão também é um pecado. A natureza clama por socorro e o papel do homem é cuidar de todas as obras de Deus. Em 2025 somos convidados a refletir e a direcionar nosso período quaresmal e nossas ações de jejum, penitência e caridade à promoção da Ecologia Integral, prestando atenção que deixar de cuidar da nossa casa comun é um pecado que nos afasta de Deus e da sua criação. Vamos com esperança,  contemplar e cuidar da nossa casa que é templo do Espírito de Deus.

Exemplo prático: reciclagem nas nossas casas, diminuir poluição, refletir sobre as diversas formas de agressão à ecologia como Sonares de navios podem causar morte de golfinhos e baleias; ilha de lixo. 

Sugestão Bíblica: Gênesis 1, 1-31; Mateus 4, 1-11.

Sugestão de Músicas: Cântico das criaturas de São Francisco de Assis, Oração de São Francisco, Banquete Pascal. 

Sugestão de dinâmica: Vídeo interativo com imagens da natureza devastada e discussão sobre os sentimentos após as imagens.

Sugestão de oração: Oração da CF 2025.

Material de apoio: livro da CNBB; via sacra.

24. FEV A 02. MAR – ORAÇÃO –  ECOAR O AMOR DE DEUS: COMO AVIVAR A FÉ DAS PESSOAS 

Objetivo

Estar em oração para identificar os sinais do amor de Deus em nossas vidas, além de levarmos o Cristo para as pessoas que nos rodeiam. 

Texto

Quando temos um encontro profundo e pessoal com Deus e escolhemos caminhar na vida cristã, somos convocados à missão de levar o amor de Cristo para todos ao nosso redor. Dessa forma, nós enquanto cristãos e alpinistas, devemos estar em constante conexão com a nossa espiritualidade, atentos aos sinais do amor de Deus em nossas vidas. 

Além disso, ao pensarmos em nossa Cruz do Ser Pessoa, percebemos que a intimidade com Deus transforma nossas vidas através do amor, que deve ser transmitido ao nos relacionarmos com as outras pessoas que cruzam nossos caminhos. Em muitos momentos, Deus nos envia para reavivar a chama que está dentro das pessoas ao nosso redor, através da evangelização e da nossa intercessão. 

Portanto, é importante estar em oração constante e buscar estar conectado com Cristo, para que a nossa evangelização alcance, pela via do amor, o outro que está ao nosso lado. Que sejamos instrumentos do Espírito Santo para avivar a fé e a esperança. 

Sugestão Bíblica: Lucas 22:32 

Sugestão de Músicas: Teu amor, Ecoar, Deus, Farol de Deus



17.FEV A 23.FEV - COMPORTAMENTO – SER PRESENÇA É MUITO MAIS DO QUE ESTAR PRESENTE

Objetivo

Refletir sobre o que significa estar ativamente presente em nossas atividades cotidianas e sobre ser presença enquanto pessoas em clima de oração.

Ser presença X Estar presente

Nos dias atuais, nos confrontamos com o hábito de realizar muitas atividades ao mesmo tempo, quando estamos, por exemplo, assistindo uma aula enquanto enviamos uma mensagem, ou quando estamos reunidos com amigos e checamos demandas de trabalho. Situações como estas, frequentes em nossas vidas, levam ao questionamento: como estamos sendo presentes nos momentos importantes do nosso cotidiano?

A partir dessa pergunta, nos confrontamos com a diferença entre “estar presente” e “ser presença”. A primeira expressão pode ser interpretada aqui como estar participando de algo sem colocar sua atenção plena, seus afetos, seus dons e sua capacidade de reflexão no que está sendo vivenciado. Já a segunda, é possível de se entender como a capacidade de experienciar plenamente alguma situação, com a mente, o corpo e o espírito atentos ao momento.

Dessa forma, é possível refletir sobre a nossa Cruz do Ser Pessoa, e como essa dificuldade em nos manter atentos pode impactar também em como está nossa relação conosco, com Deus e com o outro, afinal, para buscar o equilíbrio desses fatores precisamos estar constantemente conectados com o momento presente, estando espiritualmente e mentalmente voltados a Deus.

Tendo isso em vista, como podemos ser, de fato, presença no nosso cotidiano para que o nosso carisma de Ser Pessoa em Clima de Oração transpareça em nossas atitudes?

Sugestão Bíblica: Efésios 5, 15-16.

Sugestão de Músicas: Todos os sinais, Tempo de Escutar, Identidade.


10.FEV A 16.FEV - TEMA LIVRE

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