Calendário Temático 2023
25.MAR A 31.MAR – ESTUDO/ ORAÇÃO – SEMANA SANTA: ORAÇÕES E LITURGIAS QUE A ENVOLVEM
A semana santa é considerada a semana mais importante para o católico na qual se celebra a Paixão, Morte e Ressurreição de Jesus. É essencial para o cristão conhecer o significado e a importância desse período para poder vivenciar da melhor forma os mistérios celebrados.
Cada dia traz uma celebração que remete a um dos acontecimentos dessa semana, tendo início no Domingo de Ramos e sendo encerrada no Domingo da Ressurreição ou Domingo de Páscoa.
Domingo de Ramos
Celebra entrada triunfal de Jesus Cristo, em Jerusalém, poucos dias antes de sofrer a Paixão, a Morte e a Ressurreição. Este domingo é chamado assim, porque o povo cortou ramos de árvores, ramagens e folhas de palmeiras para cobrir o chão por onde o Senhor passaria montado num jumento. Com isso, despertou nos sacerdotes da época e mestres da Lei, inveja, desconfiança e medo de perder o poder. Começa, então, uma trama para condená-Lo à morte. A liturgia dos ramos não é uma repetição apenas da cena, mas um sacramento da nossa fé, na vitória do Cristo na história, marcada por tantos conflitos e desigualdades.
Segunda-feira Santa
Neste dia, proclama-se, durante a Missa, o Evangelho segundo São João. Seis dias antes da Páscoa, Jesus chega a Betânia para fazer a última visita aos amigos de toda a vida. Está cada vez mais próximo o desenlace da crise.
Terça-feira Santa
A mensagem central deste dia passa pela Última Ceia. No Evangelho, há uma antecipação da Quinta-feira Santa. Jesus anuncia a traição de Judas e as fraquezas de Pedro.
Quarta-feira Santa
Em muitas paróquias, especialmente no interior do país, realiza-se a famosa “Procissão do Encontro” na Quarta-feira Santa. Os homens saem de uma igreja ou local determinado com a imagem de Nosso Senhor dos Passos; as mulheres saem de outro ponto com Nossa Senhora das Dores. Acontece, então, o doloroso encontro entre a Mãe e o Filho. O padre proclama o célebre “Sermão das Sete Palavras”, fazendo uma reflexão, que chama os fiéis à conversão e à penitência.
Tríduo Pascal:
Quinta-feira Santa
Santos óleos – Uma das cerimônias litúrgicas da Quinta-feira Santa é a bênção dos santos óleos usados durante todo o ano pelas paróquias. São três os óleos abençoados nesta celebração: o do Crisma, dos Catecúmenos e dos Enfermos.
Lava-pés – O Lava-pés é um ritual litúrgico realizado, durante a celebração da Quinta-feira Santa, quando recorda a última ceia do Senhor. Jesus, ao lavar os pés dos discípulos, quer demonstrar Seu amor por cada um e mostrar a todos que a humildade e o serviço são o centro de Sua mensagem.
Instituição da Eucaristia – A Última Ceia, quando Jesus, na noite em que foi traído, ofereceu ao Pai o Seu Corpo e Sangue sob as espécies do Pão e do Vinho, e os entregou aos apóstolos para que os tomassem, mandando-os também oferecer aos seus sucessores.
Instituição do sacerdócio – Ele quis, assim como fez na última ceia, que Seus discípulos se reunissem e se recordassem d’Ele abençoando o pão e o vinho: “Fazei isto em memória de mim”. Com essas palavras, o Senhor instituiu o sacerdócio católico e deu-lhes poder para celebrar a Eucaristia.
Sexta-feira Santa
Com a Paixão de Jesus, contemplamos o mistério do Crucificado, com o coração do discípulo Amado, da Mãe, do soldado que o transpassou o lado. Há um ato simbólico muito expressivo e próprio deste dia: a veneração da santa cruz, momento em que esta é apresentada solenemente à comunidade.
Via-sacra – Ao longo da Quaresma, muitos fiéis realizam a Via-Sacra, contemplação de 14 estações, a Via-Crucis, como uma forma de meditar o caminho doloroso que Jesus percorreu até a crucifixão e morte na cruz. Não há um dia exato para sua realização, mas deve ocorrer até a Sexta-feira Santa.
Sábado Santo
Cristo está no sepulcro, desceu à mansão dos mortos, ao mais profundo que pode ir uma pessoa. O próprio Jesus, que é o Verbo e a Palavra, está calado.
Vigília Pascal – Durante o Sábado Santo, a Igreja permanece junto ao sepulcro do Senhor. A celebração acontece no sábado à noite e é uma vigília em honra ao Senhor, de maneira que os fiéis tenham acesas as lâmpadas, como os que aguardam seu senhor para que os encontre em vigília e os convide a sentar à sua mesa.
Bênção do fogo – Fora da Igreja, prepara-se a fogueira, com o povo reunido em volta dela, o sacerdote abençoa o fogo novo. Em seguida, o Círio Pascal é apresentado ao sacerdote. Com um estilete, o padre faz nele uma cruz, dizendo palavras sobre a eternidade de Cristo. Assim, ele expressa, com gestos e palavras, toda a doutrina do império de Cristo sobre o cosmos, exposta em São Paulo. Nada escapa da Redenção do Senhor, e tudo – homens, coisas e tempo – estão sob Sua potestade.
Procissão do Círio Pascal – As luzes da igreja permanecem apagadas e proclama-se: “Eis a luz de Cristo!”. Todos respondem: “Demos graças a Deus!”. Os fiéis acendem suas velas no fogo do Círio Pascal e entram na igreja. O Círio, que representa o Cristo Ressuscitado, a coluna de fogo e de luz que nos guia pelas trevas e nos indica o caminho à terra prometida, avança em procissão.
Proclamação da Páscoa – O povo permanece em pé com as velas acesas. O presidente da celebração incensa o Círio Pascal. Em seguida, a Páscoa é proclamada. Esse hino de louvor, em primeiro lugar, anuncia a todos a alegria da Páscoa, a alegria do Céu, da Terra, da Igreja, da assembleia dos cristãos. Essa alegria procede da vitória de Cristo sobre as trevas. Terminada a proclamação, apagam-se as velas.
Liturgia da Palavra – Nesta noite, a comunidade cristã se detém mais que o usual na proclamação da Palavra. As leituras da vigília têm uma coerência e um ritmo entre elas. A melhor chave é a que nos deu o próprio Cristo: “E começando por Moisés, percorrendo todos os profetas, explicava-lhes (aos discípulos de Emaús) o que dele se achava dito em todas as Escrituras” (Lc 24, 27).
Domingo de Páscoa
É o dia santo mais importante da religião cristã. Depois de morrer crucificado, o corpo de Jesus foi sepultado, ali permaneceu até a ressurreição, quando seu espírito e seu corpo foram reunificados. Do hebreu “Peseach”, Páscoa significa a passagem da escravidão para a liberdade. A presença de Jesus ressuscitado não é uma alucinação dos Apóstolos. Quando dizemos “Cristo vive” não estamos usando um modo de falar, como pensam alguns, para dizer que vive somente em nossa lembrança.
Sugestão de dinâmica: dividir em grupos e cada um ficar com um dia da semana para apresentar ao grupão.
Para relatar cada dia da semana senta foi utilizado como base o site: cnbb.org.br/261402-2/
Palavras-chave: Paixão; Morte; Ressureição; Tríduo Pascal; Semana Santa.
Sugestões de passagens: Mt 21,1-11; Mt 26,1- 49; Lc 12,35-37
Sugestões de músicas: Ramos, paixão e aleluia e vem da terra.
18.MAR A 24.MAR – COMPORTAMENTO – ESMIUÇANDO O TEMA ANUAL: SERÁ QUE ESTAMOS VIVENTO NO MODO AVIÃO?
Será que estamos vivendo em modo avião? Estou aqui de corpo e alma?
Muitas vezes, em determinadas situações do nosso cotidiano, nós não estamos presentes verdadeiramente vivendo aquela situação, apesar de estarmos fisicamente. Às vezes conversamos com uma pessoa, mas mal internalizamos o que ela nos disse. O mesmo acontece quando vamos às missas, zonais, reuniões... tudo pode passar por nossa mente e não conseguimos no conectar com que realmente acontece. Temos desativado o nosso modo avião, para viver intensamente o momento? O que nos leva a agir assim?
Nós, como jovens, temos um turbilhão de coisas passando na nossa cabeça ao mesmo tempo, estamos sempre ansiosos em viver tudo e de vez. Precisamos aprender a silenciar nossa mente para vivermos o momento presente, sem nos preocupar tanto com o depois. Como amar e servir, apressadamente, quando nossa mente e corpo não estão na mesma sintonia? O que perpetuava no coração de Maria ao partir apressadamente ao encontro de Isabel? A consciência da urgência do serviço ou a pressa para ter mais um check em sua lista de afazeres?
Por diversas vezes, na correria do dia a dia, acabamos participando de determinadas situações no automático, sem nos preparar para viver de fato aquele momento. A própria igreja nos ensina a importância dos momentos de preparação, como por exemplo no tempo da quaresma e do advento. Será que viveríamos bem a páscoa, teríamos a consciência desse tempo maior, se não houvesse a quaresma e Semana Santa? E esperaríamos o nascimento de Jesus com tanto amor e alegria se eles não fossem semeados no advento?
Para partir apressadamente precisamos desacelerar nossa mente e coração, precisamos colocar prioridades, precisamos respirar, pensar, nos situar, mas precisamos estar atentos: Nunca estaremos prontos. Nunca seremos perfeitos. Mas nem por isso, precisamos viver de qualquer jeito, pois a graça e sinais dos nossos tempos passam e o nosso agir precisa ser intencional e consciente, como foi o de Maria.
A cruz do ser pessoa nos ensina a equilibrar a vida cristã sendo jovem, sabendo o local das coisas do mundo, que estão aí para serem usadas, porém, temos que nos atentar em não deixar que essas coisas nos impeçam de estar presente de corpo e alma.
Palavras-chave: Modo avião; Presença; Ação; Preparação.
Sugestões de passagens: 2 Timóteo 3,15-17; Efésios 6, 14-15.
Sugestões de músicas: Ouvi Deus; Tempo de Escutar.
11. MAR A 17.MAR - TEMA LIVRE
04.MAR A 10.MAR – ESTUDO – CAMPANHA DA FRATERNIDADE 2023: FRATERNIDADE E FOME
Como alpinistas buscamos sempre despertar o nosso carisma em nós e no outro, seguindo os passos do nosso amado e misericordioso Jesus. Nesse sentindo, a Campanha da Fraternidade 2023 nos convida a deixar despertar o espírito da caridade e de compromisso com a realidade social de nosso país, com o tema “Fraternidade e fome” e o lema “Dai-lhes vós mesmos de comer” (Mt 14,16).
Assim, somos convidados a nos aprofundarmos sobre o tema da fome, que é retratado pela terceira vez na campanha da fraternidade. Nos últimos anos, o Brasil voltou ao Mapa da Fome, contando com mais de 60 milhões de brasileiros sem ter alimentos suficiente para sua subsistência, segundo dados da Organização das Nações Unidas, divulgados em julho do ano passado. Dados como esse demonstram que cerca de 30% da população vive em situação de insegurança alimentar, período de 2019 a 2021, número que está em crescimento.
Seguindo os passos de Jesus, é dever da Igreja se posicionar no combate à fome no Brasil e em todo o mundo.
Na encíclica Fratelli Tutti, o Papa Francisco fala do escândalo da fome e chama o atual sistema de assassino: “As crises sociais, políticas e econômicas fazem morrer à fome milhões de crianças, já reduzidas a esqueletos humanos por causa da pobreza e da fome; reina um inaceitável silêncio internacional” (nº 29).
O Santo Padre adverte ainda que “a política mundial não pode deixar de colocar entre seus objetivos principais e irrenunciáveis o eliminar efetivamente a fome. Com efeito, quando a especulação financeira condiciona o preço dos alimentos, tratando-os como uma mercadora qualquer, milhões de pessoas sofrem e morrem de fome… a fome é criminosa e a alimentação é um direito inalienável” (nº 189).
O nosso carisma está voltado a “Ser Pessoa em Clima de Oração” que reflete na cruz de Ser Pessoa, nos mostrando como ser cristão em todos os ambientes. Por isso, precisamos apresentar uma nova face de Cristo, também através do combate às desigualdades sociais. Mas temos realmente vividos o que Deus através do nosso movimento nos chama? Nós refletimos a bondade e o amor divino? Ajudamos o próximo ou preferimos nos acomodar? Qual a contribuição podemos dar no combate à fome no Brasil e no mundo? É necessário estar cada vez mais próximos de Deus fortalecendo a espiritualidade, base da vida cristã, por meio da vida de oração, mas também é preciso sair para o serviço, uma vez que “a fé sem obras é morta” (Tiago 2:26)
Por fim, convidamos o seu Zonal a organizar e realizar um ato concreto em prol da Campanha da Fraternidade. Sugerimos também que seja feita uma rede de divulgação das obras de caridade que acontecem inclusive por grupos jovens da igreja como os da Casa Santa Dulce, Casa de caridade de Irmã Violeta e Obra Lúmen.
Palavras-chave: Fraternidade; Caridade; Misericórdia; Fome.
Sugestões de passagens: Mateus 14, 16 e Tiago 2, 26.
Sugestões de link: https://campanhas.cnbb.org.br/campanha/campanha-da-fraternidade-2023
Sugestões de músicas: Enquanto há Deus, há missão; Brilhe a tua luz; Transformação.
25.FEV A 03.MAR – ORAÇÃO – QUARESMA: TEMPO DE REENCONTRO COM DEUS
A Quaresma, que tem início na Quarta-feira de Cinzas e termina na Quinta-feira Santa, é um tempo de mergulho na espiritualidade a fim de promover a verdadeira conversão, por meio da preparação e da mudança.
Ao decorrer desse período, a Igreja recorda, dentre outras coisas, a passagem de Jesus pelo deserto e as tentações que precisou enfrentar. Por isso, esse é um tempo de penitência e de recolhimento, e deve ser vivido com Oração, Jejum e Caridade- tripé da intimidade profunda com Deus.
Em missa, o Papa Francisco afirmou que “a Quaresma é uma viagem de regresso a Deus”. Nós sempre temos e teremos desculpas para justificar nossas ausências com as coisas de Deus, mas a Quaresma é tempo de redescobrir o vínculo fundamental com Ele.
“Eis o tempo de conversão. Eis o dia da salvação. Ao Pai voltemos, juntos andemos, eis o tempo de conversão”
Portanto, nesse período, somos chamados a dar alguns passos em direção a mudança de vida, e a Igreja nos indica o tripé: oração, jejum e caridade.
1. A oração: é necessário fortalecer a intimidade com Deus. Sem ela, nossa fé é fraca. Assim, Deus nos convida a uma vida de entrega, junto à Santíssima Trindade, por meio da oração. A Quaresma é o tempo favorável à oração, pois só vivendo uma vida de oração vamos compreender a vontade de Deus para nossa vida, e viver o que Ele verdadeiramente nos preparou. Sugestão de leitura: “Como devemos rezar” (Parte 4, do Youcat); Mateus 6, 5:8.
2. O Jejum: através do jejum Jesus venceu as tentações do maligno e realizou a vontade do Pai. O cristão, por meio do jejum, estará: amadurecendo as decisões ao longo da vida, uma vez que se fortalece para não ser guiado pelos seus desejos e instintos; estará dizendo não aos excessos da sociedade do consumo, por exemplo, quando deixa de comprar coisas desnecessárias; praticando o seu equilíbrio e restaurando a sua saúde, por exemplo, deixar de consumir “fast food”, dentre outros. O jejum, apesar de significar em sua essência a abstinência de comida, inclui outras formas de privação para uma vida mais sóbria. Não é somente deixar de consumir a carne ou outro alimento, podendo jejuar de outras práticas exageradas do cotidiano, como o uso das redes sociais. Ademais, o que é tirado de nós deve ser doado ao nosso irmão, seguindo os ensinamentos de Jesus e colocando nossa fé em prática. Sugestão de passagem: Mateus 6: 16-18
3. Caridade: a quaresma é tempo de praticar a caridade, que pode ser exercida de diversas formas. É buscar ajudar ao próximo sem recompensa, pois ao fazer algo pelo próximo fará para o próprio Jesus. Segundo o Papa Francisco, "A caridade alegra-se ao ver o outro crescer; e de igual modo sofre quando o encontra na angústia: sozinho, doente, sem abrigo, desprezado, necessitado... A caridade é o impulso do coração que nos faz sair de nós mesmos gerando o vínculo da partilha e da comunhão." O Catecismo da Igreja diz que “A caridade é a virtude teologal pela qual amamos a Deus sobre todas as coisas por Ele mesmo e ao próximo como a nós mesmos, por amor de Deus” e que “quanto mais o homem fizer o bem, mais livre se torna. Não há verdadeira liberdade senão no serviço do bem e da justiça “
Por fim, convidamos cada integrante do Movimento Escalada a viver a Quaresma por meio da oração, do jejum e da caridade. O grupo pode organizar, por exemplo, momentos diários para rezar o terço, uma atividade caridosa a ser realizada durante esse período, bem como o exercício do jejum a partir da realidade de cada um.
Palavras-chave: Quaresma; Oração; Jejum; Caridade; Intimidade; Amadurecimento.
Sugestões de passagens: Mateus 6, 5-18.
Sugestões de músicas: Claridade; Deus; Bote fé; Todos os sinas.
11.FEV A 17.FEV - COMPORTAMENTO - SER SAL DA TERRA E LUZ DO MUNDO EM TODOS OS LUGARES
Muito falamos dentro do movimento sobre ser Sal da Terra e Luz do Mundo, mas será que temos consciência da missão designada por Jesus a nós ao nos dizer isso?
O sal acentua o sabor do alimento, trazendo gosto, vida! Jesus nos chama a dar sabor, a trazer alegria e a enaltecer as belezas terrenas. Por outro lado, o excesso de sal põe a perder o alimento, nota-se que o centro do alimento não é o sal, ele acentua o que já existe, quando o sal passa a ser a ênfase as coisas saem do equilíbrio natural. Jesus aponta o caminho da humildade, de não se perder pela ganância, de lembrar o que somos elementos fundamentais e importantíssimos na terra, mas não devemos buscar um caminho egoísta, a nossa trajetória aqui é de fraternidade e colaboração.
Outra reflexão é que o sal no tempo de Jesus era usado para conservar o alimento e era um produto extremamente caro, tanto que a palavra salário tem na sua origem a palavra sal, somos filhos preciosos de Deus e somos capazes de conservar e expandir seus ensinamentos