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Minha vida com Maria


Antes de começar o meu testemunho eu queria dizer que eu não tinha uma boa relação com Maria, eu a conhecia, eu sabia quem ela era, mas para mim não tinha significado nenhum, porque eu cresci em outra religião. Depois que fiz o encontro do Escalada em 2016, eu comecei a ter um contato maior com ela, comecei a entender um pouco mais, só que ainda assim não tinha significado. Com o passar do tempo eu comecei a ter um olhar de respeito, de carinho, comecei a tentar sentir a presença dela, mas ainda não sentia.


E em 2019, participando da construção de um momento voltado para Maria, foi quando as coisas começaram a mudar. Quando comecei a me organizar, eu pensei que não conseguiria falar sobre ela, me questionava como que eu iria falar sobre alguém que eu que ainda estava começando a ter uma aproximação. Nesse período de aproximação, quando eu ia para as missas e eu via alguma coisa sobre Maria eu chorava, mas eu ainda não entendia que aquilo ali já era sentir a presença dela. Um fato sobre mim é que quando eu estou construindo algo eu gosto de ouvir músicas relacionadas, e então durante a construção desse momento sobre Maria eu comecei a ouvir músicas sobre ela e isso fez com que eu a sentisse a cada momento, as vezes eu ficava arrepiada, me emocionava, sentia como se alguém estivesse me abraçando (inclusive estou sentindo contando isso agora) e a partir daí eu comecei a ter um olhar diferente para Maria.


Durante o tempo de organização desse momento, e um dia tomando banho ouvindo rádio (eu gosto muito de ouvir rádio, porque a sensação que a gente tem de não saber qual é a próxima música que vai tocar é incrível) quando deu 18h e tocou Ave Maria, eu não tive outra reação a não ser chorar e ficar arrepiada, mas eu não sabia o porque eu estava chorando, mas era incontrolável (estou toda arrepiada aqui), e assim, fechei meus olhos e naquele momento eu tinha certeza de que ela estava se comunicando comigo através daquela música.


Então, depois disso eu comecei a ter uma relação ainda maior com ela e alguns dias depois, fui pesquisando algumas coisas sobre ela e a cada momento eu fui descobrindo a sua importância. Tem uma passagem em que Jesus já adolescente fica no templo em Jerusalém, mas a sensação que Maria tem é que ele havia se perdido, e eu me perguntava como que ele havia se perdido e vendo a preocupação de Maria meu coração começou a palpitar muito forte, como se fosse eu que estivesse procurando pelo meu filho e aí quanto mais eu lia eu fui conseguindo me aproximar dela, tanto que eu comecei a perceber algumas pessoas na minha vida que tinham o papel de pessoa de Maria, como a minha amiga Bruna, que sempre foi uma pessoa que tentou me evangelizar sobre isso e eu sempre recuei, então eu sei que ela fez e ainda faz esse papel, através da música, da fala, do cuidado, com sua humildade. Todas essas virtudes de Maria, eu agora consigo ver em outras pessoas e, após conhecer cada uma das virtudes dela, eu comecei a olhar pra dentro, a olhar pra mim e saber o que era de fato que eu tinha, o que era que me assemelhava a Maria, e então passei a perceber algumas das virtudes, a comparar algumas coisas, e a sensação de proximidade que eu comecei a ter com ela foi ainda mais forte.


Quando eu ouço a música “Acaso não sabeis”, não tem uma vez sequer que eu não chore e eu percebo que após ter a oportunidade de fazer esse momento voltado para Maria, que Deus é essencial demais na vida da gente, mas Maria também, pois assim como a gente tem uma mãe que acalenta, que cuida, que protege, que mostra os caminhos.

Maria fez o mesmo com Jesus. ela não mandava nele, mas mostrava a ele o caminho e ele saberia por onde seguir. Então, eu comecei a olhar a minha volta, a perceber que eu também tinha uma pessoa que mostrava caminhos, como a minha avó por exemplo. E depois de entender mais sobre a história de Maria e sobre quem ela é de fato, eu percebi que eu não consigo mais viver sem parar para pensar nela, sem rezar às 18h, sem agradecer, sem dizer o quanto eu preciso dela, o quanto eu sou dela. Então eu acho que depois da sintonia que eu criei com ela, eu percebo que o amor que eu tenho por Maria é inigualável.


Emilly Santana (Emy)

Conceição do Almeida – BA.

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