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VOU SERVIR ONDE ELE ME CHAMAR



Esta história começou antes do meu encontro. Eu e minha esposa Lílian (Naninha) tínhamos dois anos de namoro quando começamos a fazer planos para nos casarmos na igreja. Não gostávamos da hipótese de ir a um templo católico somente para celebrar um casamento, sem que houvesse o necessário sentimento de pertencimento à Igreja. Combinamos, então, de passar a frequentar as missas aos domingos. Falaram para a gente da missa dos jovens, que acontecia às 19h30min, na Igreja da Vitória.

Após alguns meses participando da missa, fomos convidados por nossos amigos, Karine Amado (Kari) e Luiz Cláudio (Cazé) para participar do Movimento Escalada. Naquele ano, seria realizado o Encontro da 4ª Escalada Master. O problema é que tinha apenas uma ficha, a última. Minha esposa me inscreveu e disse que a dela estava guardada por Deus e que iria aparecer... Foi o que aconteceu! Há mais de 20 anos realizamos juntos a nossa “escalada”, G.R.Ã.O. – Girassóis Reunidos no Amor e na Oração.

E, assim, como ocorreu com a humanidade ao se deparar com o Cristo, o impacto do vislumbre de Sua face transformou a minha vida. Os testemunhos daqueles jovens e tios calaram fundo em mim, forçando-me a fazer uma análise tão profunda, que se tornou indispensável iniciar uma mudança interior. Eu queria estar mais próximo do Cristo e pertencer a sua Igreja, Santa, Católica, Apostólica.

O comprometimento com essa transformação foi se estreitando nas reuniões semanais: Zonais, Projeto de Oração, Vigílias, Aprofundamentos, Encontros Anuais, Escaladas Missionárias, Grupo de Coordenação e, após a celebração do nosso matrimônio, o Grupo Família e, um pouco depois, o Escaladinha. Sempre disse SIM para os chamados do Movimento, à exceção de quando estava impossibilitado por motivo de viagem. Como não devolver ao mundo o presente que recebi gratuitamente? O meu desejo sempre foi de que todo mundo fizesse sua “escalada” para Cristo.

Com a maturidade, e seguindo a máxima do nosso Movimento, passei a exercer a liderança cristã na minha família, no trabalho e na minha comunidade. Na minha Paróquia, passei a ajudar na Liturgia, integrar a Pastoral do Dízimo e o Terço com os Homens e, por fim, nós fomos convidados para o Ministério Extraordinário da Eucaristia, onde servimos atualmente. Trabalhei na Feira da Fraternidade e atuei até como síndico do meu condomínio.

"Com a maturidade, e seguindo a máxima do nosso Movimento, passei a exercer a liderança cristã na minha família, no trabalho e na minha comunidade."

Este ano, inicio minha próxima missão. Após tomar conhecimento do chamamento do Papa Francisco para que os leigos aprofundados na fé participem da política, fiz uma oração. Coloquei meu nome à disposição para que, se fosse do Seu agrado, Ele me encaminhasse para a política, mas que eu não tomaria nenhuma iniciativa nesta direção. Após alguns meses, um amigo, também chamado Francisco, convidou-me para adentrarmos juntos na política para defendermos os valores da família cristã. Imediatamente declinei do convite (tinha esquecido a oração que fiz!), mas prometi ajudá-lo.

Pouco tempo depois, alguém compartilhou, novamente, o vídeo do Papa clamando por mais católicos de caminhada na fé, inseridos na política. “A ficha caiu.” Seria um sinal? Comecei a vislumbrar a possibilidade de se tratar de uma resposta à minha oração. Externei para minha família e amigos mais próximos minha intenção de entrar para vida pública, por meio da política. Somente duas pessoas acharam uma péssima ideia, minha mãe e minha esposa. Foi um “balde de água fria”. Desisti. Mas Ele não! Eu e Lílian participamos do Retiro de Oração com Gisa. E ela agiu como instrumento nas nossas vidas, repetindo o Santo Padre, cobrou de nós participação direta na política. Eu e Lílian nos olhamos. Não tinha mais retorno, estava decidido! Não fomos nós que decidimos. Para não restar dúvidas, em outro retiro com Dom Eugênio Marco, o tema foi reiterado. Eu, tão acostumado a dizer o sim de Maria, não consegui agir diferente.

Foi quando um amigo de meus pais compartilhou uma mensagem sobre um partido, que ele havia gostado e estava divulgando. Estudei o partido e fiquei encantado com suas propostas... Compareci a uma apresentação e me deparei com Oscar Lepikson, uma das pessoas responsáveis por trazer para Salvador o Movimento Escalada. Ele também tinha atendido ao chamamento do Papa. Outro sinal?

Recentemente, um grande amigo disse que admirava minha coragem de percorrer esse caminho, mas o que é a coragem, senão a disposição para enfrentar seus temores? Se eu escolhesse só pelo lado racional, provavelmente não embarcaria nesta missão. Mas nós, que desejamos implantar um “Projeto Absurdo”, precisamos ver “além da fronteira”... Assim, vou em frente, amar e servir, agora também na política. Esse é o meu testemunho e presente, como alpinista, ao Movimento Escalada, no momento em que comemora os seus 40 anos.

Leonardo Prazeres – Leo

4ª Escalada Master de Salvador - GRÃO (Girassóis Reunidos no Amor e na Oração)


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